Ouvi uma música no carro enquanto regressava a casa. Foi amor à primeira escuta. Tentei decorar e memorizar alguns versos para pesquisar nome/cantor. Acabou, disseram qual a música e quem cantava mas como era um nome desconhecido (meu) não fixei. Assim como também não fixei os versos para a posterior pesquisa. E o tempo passou e não voltei a ouvi-la.
Em tempos idos comprava DVDs de filmes, que tinha gostado muito e queria voltar a ver, filmes que nunca tinha visto, filmes clássicos, do meu realizador preferido. O que eu gostava de comprar DVDs e “ter” os filmes. Deixei de o fazer há uns anitos. No Domingo passado fui matar saudades desse tempo e resolvi ir comprar um filme para ver à noite. Um que nunca tivesse visto. Deparei-me com um filme que não me lembro de ter passado nas salas de cinema e interessou-me o argumento. Once (2006). Em português, No mesmo tom. Os protagonistas, actores e músicos são Glen Hansard e Markéta Irglová. O filme é sobre sonhos, acreditar, amizade e música. Um rapaz toca música na rua, uma rapariga passa e pergunta se a música que está a tocar é da sua autoria. Ele diz que sim mas que só a toca de noite porque de dia há mais pessoas e estas só querem ouvir músicas conhecidas. E ela diz mas eu quero ouvir essa. E começa a aventura de ambos. Compõem e gravam músicas em tempo real. É muito bonito. Uma ternura de filme.
A primeira música que tocam em conjunto é Falling Slowly, ganhou em 2008 um óscar para a melhor canção original.
Falling Slowly de Glen hansard e Markéta Irglová é a música que ouvi no carro enquanto regressava há casa há uns tempos e que então não tinha voltado a ouvir. Reconheci-a aos primeiros versos. Fiquei maravilhada enquanto a ouvia.
Que feliz coincidência! Que filme tão bem escolhido. Adorei o filme, identifiquei a música pela qual me apaixonei à primeira escuta.
Momentos assim, é mesmo uma vez - once.
Momentos assim, é mesmo uma vez - once.