terça-feira, 21 de maio de 2013

Uma vez


Ouvi uma música no carro enquanto regressava a casa. Foi amor à primeira escuta. Tentei decorar e memorizar alguns versos para pesquisar nome/cantor. Acabou, disseram qual a música e quem cantava mas como era um nome desconhecido (meu) não fixei. Assim como também não fixei os versos para a posterior pesquisa. E o tempo passou e não voltei a ouvi-la.  
Em tempos idos comprava DVDs de filmes, que tinha gostado muito e queria voltar a ver, filmes que nunca tinha visto, filmes clássicos, do meu realizador preferido. O que eu gostava de comprar DVDs e “ter” os filmes. Deixei de o fazer há uns anitos. No Domingo passado fui matar saudades desse tempo e resolvi ir comprar um filme para ver à noite. Um que nunca tivesse visto. Deparei-me com um filme que não me lembro de ter passado nas salas de cinema e interessou-me o argumento. Once (2006). Em português, No mesmo tom. Os protagonistas, actores e músicos são Glen Hansard e Markéta Irglová. O filme é sobre sonhos, acreditar, amizade e música. Um rapaz toca música na rua, uma rapariga passa e pergunta se a música que está a tocar é da sua autoria. Ele diz que sim mas que só a toca de noite porque de dia há mais pessoas e estas só querem ouvir músicas conhecidas. E ela diz mas eu quero ouvir essa. E começa a aventura de ambos. Compõem e gravam músicas em tempo real. É muito bonito. Uma ternura de filme.
A primeira música que tocam em conjunto é Falling Slowly, ganhou em 2008 um óscar para a melhor canção original.
Falling Slowly de Glen hansard e Markéta Irglová é a música que ouvi no carro enquanto regressava há casa há uns tempos e que então não tinha voltado a ouvir. Reconheci-a aos primeiros versos. Fiquei maravilhada enquanto a ouvia.
Que feliz coincidência! Que filme tão bem escolhido. Adorei o filme, identifiquei a música pela qual me apaixonei à primeira escuta.

Momentos assim, é mesmo uma vez - once.
  

terça-feira, 30 de abril de 2013

MMM: Majestosa Marisa Monte

Não me sai da cabeça aquele concerto. Acordo a cantar as músicas que ouvi.  Voz Fantástica, efeitos visuais muito bonitos. Foi sublime. Marisa Monte tem um reportório tão bom que o melhor é não esperar ouvir nenhuma música em particular. Caso contrário ficamos sempre a pensar: não cantou esta, e a outra que também é tão gira?. São todas! E como as músicas são ainda mais bonitas ao vivo! São adornadas pela sua presença, voz, por efeitos de luzes lindos, músicos maravilhoso.
De todas as vezes que veio tocar a Lisboa fui vê-la. Só não a vi quando foi convidada da Cesária Évora num concerto no Praça Sony aquando a Expo98. Foi a primeira vez que a vi da primeira fila, ali tão perto!
Quando ouço MM fico serena, emotiva, emocionada. Foi assim que fiquei. Um momento completamente Zen.
Das músicas tocadas, gostei muito do efeito cénico de Infinito Particular. Do novo álbum, adorei O que você quer saber de verdade, verdade uma ilusão e o Depois.
Fez uma visita a temas antigos e veio de lá o Beija Eu.
Preferia que não tivesse tocado temas dos Tribalistas (que também gosto muito), percebo porque o faz. 
Confesso que fiquei desapontada por não ter tocado o Seja Feliz, do último álbum. É uma das minhas preferidas. Tivesse trocado essa pelo Já sei Namorar e tinha sido perfeito!
Ainda assim, gostei um pedacinho piqueno mais do concerto que deu em 2006.  Talvez por esse concerto me trazer lembranças muito boas.
Marisa Monte: Não vá embora! Nunca mais na vida!


sábado, 9 de março de 2013

O sublime repetente: Patrick Watson

Encantador. Era esta a palavra que escolhia se tivesse que definir o concerto de Patrick Watson. O que se passou no palco do teatro Tivoli no dia 07 de Março foi maravilhoso. Já tinha descoberto o encanto de Patrick Watson, a fasquia estava elevada, eram altas as expectativas. E não desiludiu. Tocou quase todo o seu novo álbum Adventures on your own backyard. Into GIants e o tema que dá nome ao álbum são escolhas difíceis entre 12 belíssimos temas.
Foi divertido, concentrado, sussurrado. A voz, o piano o violino, ele, os músicos, o público, a simbiose perfeita. Patrick terminou o concerto a tocar uma música que, segundo ele, era uma experiência que estava a fazer, estava com medo de estragar a música e por isso não queria ficar com registos. Pediu para desligarem todos os aparelhos de gravação. Todos obedeceram e num cúmplice silêncio ouvimos o desfecho de um belo concerto.
Big Bird in a small cage e To build a Home foram dois temas antigos tocados. Foram dos momentos mais interactivos e divertidos da noite. Vale mesmo a pena ver os vídeos e ouvi-lo.
 



 
Obrigada Patrick pela excelente noite.  Até breve!
 


quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Minha cara protuberância na parte posterior de um disco intervertebral*

Iniciámos uma relação há pouco mais de um mês. Uma relação sem reciprocidade, portanto condenada. Como todas as relações, tivemos momentos bons e momentos maus. E a expressão momentos bons só cabe nesta declaração porque estou a ver o copo meio cheio, se é que me entendes. O mal que me fizeste é de um desequilíbrio desmedido em relação ao bem. Por tua culpa perdi um dos concertos mais ansiados dos últimos anos, cujo bilhete, há muito em minha posse, foi uma prenda de aniversário do R. Esta viria a ser a primeira e a mais difícil de ultrapassar de muitas desilusões.
Não me deixaste comer uma refeição sossegada, por não me deixares estar sentada mais de 20 minutos. Pelo mesmo motivo proibiste-me as idas ao cinema. Os passeios a pé foram também descaradamente proibidos. De uma assentada tiraste-me os meus pequenos (grandes) prazeres. Fui-te tolerando porque me permitiste desligar o despertador daquela hora madrugadora durante um bom tempo. Permitiste-me usufruir da minha cama muito mais do que o costume. Há anos que eu não tinha maratonas de Filmes/séries deitada… Foi bom enquanto me obrigaste a trabalhar a partir de casa. Pude usufruir daquelas pantufas maravilhosas que a SC me ofereceu.
Mas chega, sou só eu a fazer cedências. Esgota qualquer relação. A ti talvez não, não cedes em absolutamente nada!
Por tua culpa fui obrigada a ir a um "terapeuta". Contei-lhe o que me tens andado a fazer e com provas! Chamou-te Um monstro.
Vou por um ponto final na nossa relação. Está para breve. Não tenho pena. Vou voltar a poder desligar o despertador e calçar as pantufas por uns tempos. E isso vai ser bom, afinal resolvi mandar-te passear no mês do frio! Imaginas o que é trocar o frio da rua pelo aconchego do lar? Sim, serviste para alguma coisa, mas agora vai chatear outra.
Se voltares um dia? Podes voltar mas cá estarei para correr contigo. Nós duas nunca vamos ter uma relação firme e para a vida! Nunca vamos ter mais do que um caso. Um caso que não deixa saudades.



Lamento, mas não estarei contigo para celebrarmos o aniversário do nosso segundo mês.

*

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O Peter Pan estava certo...

Quando somos (fomos) pequenos queremos crescer. Achamos que no mundo dos adultos é que é bom!
Achamos que fazer os T.P.C., estudar, estarmos sujeitos às regras dos nossos pais é do pior! É uma tirania.
Pedir autorização para tudo é tramado. Achamos que os nossos fracassados namoricos são os maiores desgostos de amor. Ambicionamos chegar aos 18.
Os crescidos, entre os quais estão os nossos pais, não param de nos atazanar o juízo quando dizem (diziam), aproveitem enquanto são pequenos, agora é que é bom. Nós achamos, eu pelo menos achava, que era o maior disparate que saia daquelas bocas. Ambicionava chegar aos 18. Afinal ouvia falar de Liberdade. Liberdade seria, idealmente, não obedecer aos pais, fazer o que se quiser. Quando somos pequenos ainda não percebemos que este valor, tão bonito, tem muito de teórico. Achamos que vamos ser livres aos 18. Mentira. Somos (fomos) livres quando somos pequenos. Quando podemos brincar, ainda que com limitações de horários. Somos livres quando somos obrigados a fazer os T.P.C mal chegamos a casa.
Liberdade era poder seguir os nossos pais para os passeios deles, entre outras coisas, Mas somos (éramos) pequenos demais para perceber.
Gosto de ser crescida. Mas às vezes acho que o Peter Pan é que está certo em não querer crescer. Ficar criança para sempre.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Andrew Bird - A fórmula do Sucesso

Um Concerto de Andrew Bird é sucesso garantido. Foi assim em mais uma deslocação à Aula Magna dia 10/11/2012.
Mais um belíssimo concerto. Podemos conhecer os álbuns de cor, reconhecer as músicas aos primeiros acordes mas quando Andrew Bird toca as suas músicas ao vivo nunca as toca duas vezes iguais, são sempre diferentes. Reinventa-as, transforma-as.
Desta vez veio acompanhado com a sua banda. Confesso que gosto mais de o ver sozinho, é mais intimista. Mas foi igualmente bom vê-lo com aqueles músicos fantásticos.
Só vendo.
Adorei estas ao vivo:
 



Mais um grande momento.
Obrigada B, sem ti não teria sido possível.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Breaking News

Seis anos e meio depois Marisa Monte volta a Portugal!  Foi em Setembro de 2006 que a vi ao vivo no Coliseu dos Recreios em Lisboa, deu três concertos e vi dois deles.


Já estou em modo expectativa e vai ser só a 27 de Abril de 2013. Mas pelo menos já há uma data. O problema agora é gerir o que pode acontecer em seis meses... Pensamento Positivo!

domingo, 7 de outubro de 2012

Banda Sonora dos meus dias

Eu, despertador, manhãs (cedo), boa disposição, são ingredientes preconceituosos para um começo do dia. Não gostam de se misturar. No entanto, por vezes, raras é certo, convivemos todos numa perfeita (ou quase) harmonia. Há manhãs assim. Foi numa dessas manhãs em que dei por mim a cantarolar e a ouvir do inicio ao fim uma música muito gira que resolvi adoptá-la e até convencer-me que foi escrita para mim.

 "Tu és mais forte" - Boss AC  



Tu és mais forte e sei que no fim vais vencer
Sim, acredita num novo amanhecer
Não tenhas medo, sai à rua e abraça alguém
E vai correr bem, tu vais ver
Tu mereces muito mais
És forte, abanas mas não cais
Mesmo que sintas o mundo a ruir
Quando as nuvens passarem vais ver o sol a sorrir
A estrada não é perfeita
Apenas uma vida, aproveita
Só perdes se não tentares
E não desistas se falhares
O que não mata engorda
Torna o teu sonho real, acorda
Limpa as lágrimas e luta
Segue o teu caminho e escuta
A voz dentro de ti
As respostas que procuras, dentro de ti
Acredita em ti que tu és
Mais forte e tens o mundo a teus pés
Tu és mais forte e sei que no fim vais vencer
Sim, acredita num novo amanhecer
Não tenhas medo, sai à rua e abraça alguém
E vai correr bem, tu vais ver
Um dia tudo fará sentido
E vais ver que terás o prémio merecido
És o que és, não és o que tens
A tua essência não se define pelos teus bens
Às vezes as pessoas desiludem
Mas não fiques em casa parado à espera que mudem
Muda tu rapaz
Muda a tua atitude, vais ver ver que és capaz
E nada te pode parar
Os cães vão ladrar e a caravana a passar
O teu sorriso de vitória no rosto
Nem tudo é fácil mas assim dá mais gosto
Quando acreditas a força nunca se esgota
Só a reconheces a vitória se souberes o que é a derrota
Vais ver que no fim acaba tudo bem
Sai à rua e abraça alguém

sábado, 6 de outubro de 2012

O que eu gosto disto...

Era menina para comer uma cena destas assim como quem toma um antibiótico ou um anti-inflamatorio, 3 vezes ao dia de 8 em 8 horas. Vá lá, já aceitava um de 12 em 12 horas, dosagem mais elevada.
São os iogurtes gelados da Iogurteria do Bairro. São muitos bons, o segredo está em variar nas coberturas. A minha consciência diz-me que não devo abusar e tenho de ser regrada nos prazeres calóricos. mas quando vou à loja está escrito numa das paredes (se a minha memória não me trai...):  alimento baixo em gordura; fonte de cálcio, regulador do sistema digestivo, fortalece o sistema imunológico, probiótico. Não é um doce pecado, não é pecado sequer, dizem que faz bem! E é tão bom! 

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Transmissão de pensamentos

Hoje tentei ver se essa cena da telepatia funciona mesmo. Foi numa consulta médica, já na parte final, quando o senhor doutor começou a elencar algumas recomendações. Foi nesta parte que resolvi por à prova a transmissão de pensamentos. Não foram muitas as recomendações, mas a dada altura, com ar grave e sério, foi-me dito "nada de andar com aspirador na mão, esqueça isso de aspirar e nada de passar a ferro. Se precisar mesmo de o fazer nunca mais de meia-hora". Funcionou. Há que tirar partido das situações. Toda a vida quis ouvir isto, alguém com legitimidade que me proibisse de efectuar estas tarefas domésticas que tão pouco aprecio. Como vou passar a ter a casa limpa e andar com a roupa imaculada é um problema que resolvo depois. Para já vou seguir à risca a recomendação médica. Isto durante três meses! não faço mais nada até ao final do ano.

sábado, 15 de setembro de 2012

Um passeio pelas Aldeias de Xisto

Um passeio muito bonito é o que se pode fazer na Serra da Lousã e visitar as aldeias de Xisto que aí existem. Aqui fomos conduzidos para a aldeia do Candal:





A piscina da Aldeia

No café Candal:


Um passeio pelo Rio Zêzere

Um passeio pelas margens do Rio Zêzere oferece-nos paisagens lindas, apaziguadoras, contemplativas. O carro levou-os à Barragem do Cabril e Foz do Alge.
Barragem do Cabril:



Um máquina de tirar tabaco a estragar o momento:

Foz do Alge:



domingo, 2 de setembro de 2012

Momentos SIC Noticias

Às vezes vejo a SIC noticias. Vejo um ou outro programa de informação, o Imagens de Marca, o Espaços e Casas (este é quando me apetece ficar deprimida, o que existe por ai de casas lindas..., projectos de arquitectura fantásticos). Nos Intervalos a SIC Noticias passa, por vezes, uns separadores muito bem feitos, mesmo muito bons, bem como os vídeos promocionais de alguns programas. As promos do programa Toda a Verdade são as minhas preferidas. Não é muito fácil descobrir os vídeos na Internet. Este foi premiado.
Os Spots são quase sempre vídeos com imagens da actualidade política, social. As músicas (letras) são muito pertinentes e perfeitamente adequadas às imagens. O "Acesso Bloqueado" de Sérgio Godinho serviu de banda sonora a um momento SIC Noticias. Outra música que se  ouve muito (e quando digo muito digo exageradamente) por estes dias, "Somebody That I Used To Know"  de Gotye foi também usada noutro Momento. Há outros igualmente bons.
O novo single e também nome do novo álbum do Jorge Palma, "Com todo o Respeito" é o mais recente.

sábado, 30 de junho de 2012

Música que me faz pulular por estes dias

Não tenho CD, donwload. Só a ouço quando passa na rádio, mas sabe tão bem. É mais uma feel good song. A ouvir!

A quem interessar conhecer (um bocadinho) Rufus W.

Na Sua última passagem pelo nosso país, 07 e 08 de Junho, Rufus Wainwright deu uma entrevista ao Jornal DN. Nuno Galopim publicou a mesma no Sound--Vision, Blogue, sobre música, cinema & outros que mantém com João Lopes. Este meu cantinho deixa aqui os links para a conversa.

sábado, 23 de junho de 2012

O inesperado

Como se não fosse suficiente as dúvidas que tenho no que refere aos caminhos a seguir, ainda surgem para complicar estas indicações:
Para a Estefânia e P.Chile não queria ir, vinha de lá, só me restava seguir a seta que me mandava para a direita, "Daqui, Posto de Comando"!   
Adorei, inusitado o suficiente para me fazer rir. Agradeço a quem teve a ideia. Claro que quando contei, ficaram a olhar para mim com cara de "vai para casa descansar".  Mais tarde, 

quando por lá passei a pé, fiz então o meu trabalho de repórter de trazer por casa e aqui fica para a posteridade. 
Estas Indicações estão na esquina da Rua do Arco do Cego com a Av.Elias Garcia. 
Li que Martim Dornellas, responsável pelo Projecto Amélie andava pela cidade de Lisboa a tentar espalhar felicidade. Faz várias coisas, uma delas na Rua onde trabalho, é tornar os semáforos vermelhos em forma de coração. Será que tem alguma coisa a ver com a indicação da foto? É provável...

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Aqui eu fui feliz... Arruinaram uma parte do meu passado!

Frequentei a "Escola Industrial Afonso Domingues" entre os meus imberbes 12 e 15 anos. Tenho maravilhosas recordações desse tempo, dessa Escola. Os Amigos, os professores, as patifarias, os almoços, o percurso de casa-escola-casa, o guardar o dinheiro da senha para o almoço e ir comprar bolos à "senhora" dos bolos que vendia bolos magníficos numa carrinha mini azul. Autênticas filas para comprar aqueles bolos. 25 Escudos cada.
A escola Afonso Domingues era um mundo! Foi a maior escola que frequentei. Ginásios, pavilhões, campos futebol, basquetebol. Era possível andar ali escondida um dia e ninguém me encontrar (o que aconteceu...). Foi muito difícil deixá-la, na altura tudo mudou, pela primeira vez passei a ir à escola sem o meu irmão, deixei os meus amigos para trás, passei a andar de autocarro, passei a andar numa das mais pequenas escolas de Lisboa e tinha de começar a pensar no futuro.
Voltando à Afonso Domingues. Era uma escola muito boa, cursos industriais, única em Lisboa. Um dia, um dos senhores que manda lembrou-se de construir (mais) uma ponte cujas estruturas iriam passar nos terrenos da Escola. Fecha-se e manda-se abaixo a Escola, dizia O Decreto-Lei. E assim se fez. Os alunos foram transferidos para Alverca onde existe a única escola que tem os mesmos cursos que tinha a Afonso Domingues. A ponte não vai ser construída, dizem que é por causa da crise. Afinal já não faz assim tanta falta. No entanto a Afonso não reabriu, os alunos não retomaram as suas aulas. Está ao abandono. Absoluto abandono! Raios partam quem tomas estas decisões. Quando ali passo assome-se uma tristeza. É vergonhoso terem deixado chegar ao estado de degradação em que está aquela que já foi uma das melhores e maiores escolas de Lisboa. Dá vontade de bater nos culpados. A impunidade irrita-me! O esbanjamento irrita-me! 





(as fotos são de fonte própria)

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Impertinente VS pertinente

Impertinente é empregue, entre outros, para descrever algo insuportável. E é sobre o insuportável que quero desabafar. Um desabafo quase-quase-mas-mesmo-quase desespero.
O assunto é o futebol e seus meandros. E não é o que passa na TV porque aí a minha liberdade ainda me permite mudar de canal. Mas no emprego a questão assume uma outra dimensão. Nesta dimensão não tenho um comando para mudar de canal, um botão de on/off. Posso sempre chegar mais tarde para não ouvir as primeiras conversas da manhã. O problema é que teria de chegar muito mais tarde. Provavelmente nem viria trabalhar. É isso. O openspace vira uma praça pública, onde toda a gente faz contas aos resultados do Euro2012, comenta jogos, jogadores e afins. Se estivessem todos de acordo o assunto resolvia-se em cinco minutos, como não estão, debatem, debatem e voltam a debater. E estes debates acontecem entre as mesmas pessoas que dizem que é um exagero, em todos os canais só se fala de futebol. Gosto de pessoas coerentes. Para fazerem valer a opinião de cada um, sobrepõem falas e vão aumentando o tom de voz. Acho que a próxima caixa de be-u-ron vai ser paga por eles.
Hoje, depois de uma vitória de Portugal  sobre a Holanda que permitiu o apuramento para os quartos-de-final da competição, foi até à exaustão, foi de chorar!  não me conseguia abstrair e não trabalho no mesmo espaço físico. Já não há paredes como antigamente, que raiva que eu tenho do gesso cartonado!
Tenho estado a pensar que quanto maior for a longevidade da carreira de Portugal neste Europeu, maior é a probabilidade de manhãs como a de hoje se repetirem. Enquanto pensava numa possível solução lembrei-me de uma frase, assaz pertinente, que ouvi num programa da TV: "arrisca-te a trabalhar". É isso. Arrisquem-se a trabalhar que as minhas dores de cabeça passam.