"Nas Nuvens" é um filme muito interessante. Para começar, a personagem interpretada por Clooney chora no filme. Mais, a personagem feminina do filme com quem ele tem uma relação, diz-lhe, a sangue frio, que ele é um escape na vida dela, diz-lhe que ele é um parêntesis. E tudo num só filme. Não só vi o Clooney a chorar como também o vi a ser tratado como um parêntesis(?). Só mesmo em filme! A parte séria do filme aborda o desemprego inserido na actual crise económica. Clooney é então o implacável que despede pessoas. Insurge-se porque a empresa onde trabalha quer passar a despedir pessoas via web câmara. Fica triste porque vive nas "nuvens" ou seja, passa quase 365 dias por ano a viajar e, desta forma, como as pessoas vão passar a ser despedidas "tecnologicamente" acabaram-se as viagens, as milhas, os quartos de hotel. Questiona também a falta de ética. Vale a pena ver.
A questão da cobardia, levantada nos despedimentos por computador (há uma cena em que eles estão supostamente a treinar o novo processo e estão sentados numa sala ao lado do senhor que está a ser despedido...), fez-me pensar que hoje falamos mais com as pessoas por e-mail ou sms. E, tal como no filme, às vezes estamos tão perto delas! Vamos falar com elas? não! enviamos um "mail" uma "sms" e já está! Preferia falar pessoalmente com as pessoas ou, na impossibilidade falar ao telefone não mensajar ao telefone, como fazemos! Sim, também sou culpada, também o faço! Quando penso na parte nagativa destas novas formas de comunicação também penso que, provavelmente, devido à correria dos tempos actuais, se não fosse o mail e as sms já não saberia de algumas pessoas há algum tempo. Talvez sejam um mal necessário. Não sei. Ainda assim prefiro o convívio. E filmes com o Clooney.
Parêntesis? onde será o lixo daquela senhora?
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