Podia até ser uma cena gira, se não fosse verdade. Se fosse apenas produto da minha imaginação, da minha maledicência, mas não é. Acontece no escritório onde trabalho, a menos de 10 metros da minha secretária. E consigo ouvir apesar das paredes que supostamente deviam de isolar os ruídos. A culpa é do gesso cartonado. Se fossem paredes a sério eu não tinha de passar por isto.
Não tenho culpa de ter uma boa audição. Acresce o facto que há ruídos que me irritam particularmente e dos quais não me consigo abstrair. E não me consigo abstrair porque me indigna que as pessoas ainda os produzam. A sério, irrita-me tanto! Que posso eu fazer? Depois não me venham dizer que eu gozo com as pessoas, que sou má, etc. Não se ponham a jeito.
Como é que ainda existem pessoas que cortam as unhas em público e, pasme-se, no local de trabalho? Deixa-me irada o telintar do corta-unhas.
Já tinha visto pessoas na rua, até nos transportes públicos a fazê-lo. ultimamente menos. Agora colegas de trabalho... e mulher? Não é nenhuma espécie de preconceito, aos homens é igualmente indesculpável, mas as mulheres e unhas... Epá não. não mesmo. Haja pudor. haja decência.
Já sei, vou comprar um livro de etiquetas e boas maneiras e deixá-lo em cima da secretária. Ou, se não resultar, mando-lhe o corta-unhas janela fora quando ela estiver distraída. Ensiná-la que não se cortam as unhas em público é que não vou...
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