Gosto muito de andar a pé pela cidade, ver pessoas, sítios, descobrir novos lugares, novos recantos. É bom e divertido embora não seja tão desafiante como passear pelo campo. Numa caminhada no campo não se pode desistir ao mínimo sinal de cansaço, é para levar até ao fim. Quando se parte para uma destas caminhadas, o percurso é previamente definido, quando vamos já sabemos ao que vamos. Não podemos voltar atrás, desistir. Por isso é mais desafiante do que caminhar na cidade. Na cidade podemos parar num café, apanhar um autocarro (ou outro meio de transporte) ao menor sinal de fraquejo das pernas.
Gosto muito de fazer caminhadas. Daquelas caminhadas que nos põem em contacto com a natureza, daquelas que nos fazem sentir que estamos a ultrapassar obstáculos, daquelas que nos desafiam a chegar ao fim. Inspirar verde, terra molhada. Gosto das árvores, das folhas, das plantas, das flores. Gosto das pedras, gosto de cair, gosto de conseguir.
Já tenho um currículo de caminhadas razoável. Por vários motivos estive mais de um ano sem as fazer. Não houve oportunidade. Mas sabia que ia voltar a fazer, e precisava! E esse dia foi ontem. E foi tão dificilmente divertida.
O percurso começou na Cidade Romana de Ammaia, situada no Parque Natural da Serra de S. Mamede, concelho de Marvão. O destino era o Castelo de Marvão. Do sítio onde começámos, olhei para o Castelo e pensei, mas como é que estando aqui vou (vamos) conseguir chegar lá cima! A meio do percurso alguém nos há-de vir buscar! pois...
A foto onde se vê (bem longe) o Castelo de Marvão foi tirada já depois de um/dois kilómetros do inicio da caminhada. E o zoom da máquina estava no máximo. Foi mesmo a pé que lá cheguei!
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