sábado, 4 de dezembro de 2010

Gostos discutem-se!

Um dos métodos a que recorro para revivificar é passear por Lisboa. Adoro passear pelo centro da cidade, descer até ao rio e parar no Cais das Colunas. Gosto de descer a Rua Augusta, chegar à Praça do Comércio e ali ficar a olhar. Atravesso a Praça. Tem uma luminosidade muita bonita que, penso eu, em parte se deve à sua proximidade com o Rio.
Tenho muita pena que tenha estado tanto tempo em obras. Ainda há obras nas proximidades, ainda se vêem tapumes. Na praça, os senhores que mandam, acabaram as obras à pressa, acho que foi por causa de uma missa Papal. Vai daí, como era muito caro manter a belíssima Calçada à Portuguesa, encheram o piso de pedra mármore e lá ficaram escondidas aquelas belas figuras. Mas foi só de um lado, do lado onde foi preciso montar o palco para a tal missa, porque do lado oposto, os senhores que mandam, acharam que ninguém via, ou foi o mármore que não chegou, e lá ficou um pedaço de Calçada descoberto. Talvez esses senhores tivessem pensado, "embora lá deixar este bocado de Calçada à vista para as pessoas verem a porcaria que fizemos".

Como é que alguém pôde pensar que o mármore é mais bonito? Foi por ser uma solução mais barata? Não me parece! E não me parece porque uns meses depois, esses mesmos senhores que mandam, resolvem gastar dinheiro numa obra de arte que supostamente deveria tornar a Praça ainda mais bonita!

Num desses passeios, ao chegar à praça, deparei-me com um recipiente tamanho gigante, cor azul claro, que me fez lembrar uma piscina. Pareceu-me tão deslocado de tudo! feriu-me a vista, confesso. Um dia resolvi ir ver de perto, tentar descobrir o que era aquilo. Pois, ignorância minha, é uma obra de arte! Chama-se "Portugal a Banhos" e é da Joana Vasconcelos. Mas não gosto! Não fica bem, não fica a condizer e é feio! Costumo gostar do trabalho da artista, mas este e naquele lugar não gosto e irrita-me! Grave é que, para que a obra de arte se mantenha ali firme e hirta, é necessário uma estrutura de suporte horrorosa e isso também me enerva!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Guilty pleasures

Tenho um volume de trabalho que já não cabe na definição de razoável. Tenho também uma ou outra tafera-que-não-prazer que não podem ser adiadas. É sexta-feira. E eu desde as 9.30h que penso em sair daqui, acabar o que deixei por fazer em casa, dormir! Só penso nos meus edredons e no quão rápido eles aquecem. Penso ainda numa chavena deliciosa de chocolate quente. Em duas chávenas. Não param de me vir à cabeça os croissants da pastelaria mesmo aqui ao lado.
Pudesse eu ir, neste momento, para a minha maravilhosa e saudosa cama, com uma generosa chávena de chocolate quente e um croissant, vá lá, simples, e era de certeza uma pessoa muito feliz. Não podendo, vou continuar a trabalhar e ser uma pessoa responsável. Também é bom.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010