quarta-feira, 28 de julho de 2010

Já que estamos a falar de concertos...

Aproveito a oportunidade para desabafar. Durante muito tempo embirrei com o "bater palmas" fora do tempo. Não havia nada que me irritasse mais num concerto que era querer ouvir o que o(s) músico(s) cantava(m) e tocava(m) e não conseguir porque alguém se lembrava de bater palmas. Ou simplesmente por serem fora do ritmo. Mas isto das embirrações parece-me que são como os problemas, só são graves até aparecerem outros ainda piores. E foi o que aconteceu.
deixei de embirrar com o bater das palmas não porque o mal tivesse acabado mas porque surgiu outro ainda mais irritante. Os flashes das máquinas digitais. As luzes dos telemóveis que muitas fotos tiram durante os concertos. Alguém me explica como é que nos podemos concentrar a ouvir um concerto se estamos concentrados em enviar por MMS uma foto da actuação ou se estamos concentrados em conseguir o melhor plano. Enquanto estamos entretidos a tirar fotos seja com telemóvel ou máquina digital, estamos a perder momentos irrepetíveis, que podem até ser os mais altos da noite. Paga-se caro para ir a um concerto para nos distrairmos do "prato principal"? Não percebo... Deixo aqui uma sugestão. Durante o espectáculo aparecem uns senhores meio à socapa, cuja profissão é, em principio, fotógrafo. Esses senhores vão lá com umas máquinas fantásticas para tirarem umas belas fotos que, felizmente, mais tarde colocam na Internet e que podemos ver. Assim, não nos distraímos, e no dia a seguir pesquisamos na net e encontramos, então, as fotos. E temos o melhor dos dois mundos.
Mas não fica por aqui. Temo que esta minha embirração das fotos vá acabar bem depressa. E mais uma vez não é pelos melhores motivos. Se se verificar falarei dela mais tarde. Posso, no entanto, deixar um lamiré. Eu estava lá e vi, na fila à frente da minha, uma menina que em vez de estar a ver o concerto estava a escrever no facebook...

terça-feira, 27 de julho de 2010

Mais uma noite bem passada

Um concerto de Caetano Veloso é sempre uma receita de sucesso para um momento (muito) bem passado. Contador de histórias melodioso, harmonioso, maravilhoso.
Fui ver o concerto de Caetano sem expectativas quanto às músicas que iria tocar. Não só neste concerto mas em todos os outros que vejo, aprendi que não devemos ir à espera desta ou daquela música. Ficamos com as expectativas defraudadas caso não as ouçamos. Se por outro lado não estivermos à espera de nenhuma música em particular e, caso faça parte do alinhamento, então sim, sabe lindamente. E quantos mais anos de carreira um músico (uma banda) tem, mais esta teoria se aplica. Longa carreira implica muitos êxitos, muitas músicas que esperamos ouvir. Caetano é um grande exemplo disso. Se quisermos ouvir todos os seus clássicos teria de ser um concerto de uma semana e não de uma noite. Caetano escusava de fazer álbuns novos para tocar músicas ao vivo. Poderia continuar a dar concertos sem se preocupar em fazer músicas novas, novos arranjos e até inventar novos estilos musicais, o que foi o caso deste último álbum que em entrevista apelida o género musical do álbum Zii e Zie de «transambas e transrock». Mas não, com 68 anos este Senhor ainda faz concertos para promover material novo e diferente, o que representa a capacidade de reinvenção que tem. Fantástico. Lá fui então desprovida de expectativas quanto ao clássico que gostava que ele tocasse e garanto que não pensei em nenhum em particular. Adorei o concerto, gostei das músicas novas, gostei do transamba, gostei dos clássicos e saí a ganhar porque tocou uma das minhas músicas preferidas dele :

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Três passarinhos

Três passarinhos entregaram-me esta mensagem. Dedico esta música a uma das três pessoas que lêem o meu blogue com (alguma) regularidade. É uma dedicatória e um desafio. Fazer desta música a banda sonora dos próximos dias (tempos), vamos nessa? sim, sim é para ti!
"(...)Rise up this mornin',
Smiled with the risin' sun,
Three little birds
Pitch by my doorstep
Singin' sweet songs
Of melodies pure and true,
Sayin', ("This is my message to you-ou-ou:")
Singin': "Don't worry 'bout a thing,
'Cause every little thing gonna be all right."
Singin': "Don't worry (don't worry) 'bout a thing,
'Cause every little thing gonna be all right!"

É por isto (e muito mais) que eu gosto tanto de passarinhos!

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Conversas de autocarro #4

Sabedoria popular ao mais alto nível: -epá tu és mau, és duro... -tem de ser, não nos podemos ficar... -bolas, mas tu também é uma no cravo outra na fechadura (sic) ??? este eu não conhecia....

terça-feira, 13 de julho de 2010

Sono... Muito sono...

uma vez disseram-me que o bocejo é um sinal que o cérebro emite quando precisa de oxigénio. A ser verdade, o meu cérebro hoje está com uma falta de ar extraordinária! Bati o recorde dos bocejos e costumo ser muito boa nesta matéria. Para mim não é falta de ar, é sono puro e duro. Fui atacada e não sei como me defender. Já tentei de tudo! O café, que é um mito, pois só funciona quando não deve, bebi muita água, ouvi música, gozei com os colegas de trabalho (costuma funcionar muito bem gozar com as pessoas para espevitar), até fui à piscina na hora de almoço. Esforcei-me. Tomei banho com água fria, tal não é o desespero. Pois continua! Tenho toneladas de sono e não paro de bocejar. O pior é que como tenho de por a mão à frente da boca quebra o ritmo de trabalho! Se é que hoje tenho ritmo... tenho trabalho, esse sim agora ritmo, só maxilo-facial e de braço direito para esconder o tramado do bocejo. Já foi mais um café. Melhoras? não! Estou assustadíssima com o volume de trabalho que tenho e nem assim... de uma coisa tenho a certeza, logo quando quiser dormir não hei-de ter sono nenhum! vai passar! até lá tudo para onde olho me parece uma almofada. Falta muito pouco para experimentar se estes montes de papeis que me rodeiam são bons para encostar a cabeça. Há dias assim, mas este, bolas!