domingo, 7 de dezembro de 2008

O Natal...

O Natal. Não consigo exprimir exactamente o que sinto em época natalícia. Já não me irrita como outrora, é um facto. Também não me deixa a rejubilar como antigamente. As prendas já não são o que eram...
Não gosto do mês de Dezembro e como o Natal aí acontece...
É o mês que assinala o começo do frio, do frio mesmo a sério. São as filas intermináveis de trânsito, as lojas cheias de pessoas sem ideias e sem dinheiro para prendas de Natal. São as luzinhas, a árvore de natal gigante. São os doces de Natal, não consigo resistir-lhes.
Mas o que me exaspera verdadeiramente são os desejos de bom Natal, boas festas, bom ano. Estes votos assumem duas vertentes, a um mês do Natal já não há loja em que paguemos sem ouvirmos em troca bom natal e/ou similares. O pior mesmo são os beijinhos que expressam estes votos! Claro que estes não são para as pessoas das lojas que nos atendem, para ilustres desconhecidos, antes fossem. Vão mesmo é para aqueles que nos levam o ano inteiro a desgastar a paciência, como colegas de trabalho, por exemplo. Não há nada pior. É como se de uma hora para a outra e em nome do Natal tudo fizesse sentido. Todos nos tornamos boas pessoas, desculpamos e até percebemos os defeitos de um ano inteiro. Mas por pouco tempo, porque afinal o dia um de Janeiro está quase a chegar. E vai comecar tudo outra vez. Não há paciência.
Tenho saudades do tempo em que gostava do Natal. Gostava de passear por Lisboa só para ver a iluminação, gostava de fazer compras de Natal. Gostava de desejar e que me desejassem boas festas, gostava dos beijinhos do dia 23. Tornava tudo muito mais fácil. Vou tentar recuperar esse espírito. Não sei se este ano vou a tempo. É uma tarefa difícil. Muito difícil. Ainda se as prendas fossem alguma coisa de jeito....

domingo, 9 de novembro de 2008

Flor de Lis

Um amigo do meu irmão, o Pedro Marques, formou uma banda. A Flor de Lis banda. Já há algum tempo que o Rui me contava as aventuras deste "Músico" e da pro actividade para conseguir o seu projecto. Ao que parece andou a mostrar uma "demo" e marcaram-lhe cinco concertos. O Pedro toca percussão mas com ele tocam mais cinco músicos: acórdeon, cavaquinho, sopros e guitarras são o acompanhamento da Daniela (voz).
Têm uma sonoridade interessante. Fica muito bonito a diversidade de instrumentos.
Fui vê-los a actuar à Fabrica de Braço de Prata. Deram um concerto contagiante, deles emana uma boa química.
Vejam o link abaixo, são duas músicas bonitas mas têm mais:
Parabéns Pedro. Parabéns à banda e muito sucesso.

sábado, 1 de novembro de 2008

O Inverno...

Começou o frio. Vêm ai os dias em que não apetece fazer nada por causa do frio. Vêm ai os dias sem sol, com chuva. Confesso que o sol me faz muita falta, não o calor mas o sol. É o que mais me custa no inverno, os dias cinzentos, a chuva. No Inverno pensamos sempre duas ou três vezes antes de sair de casa para actividades de lazer. escudamos-nos atrás da chuva, do frio e fazemos a vontade à inercia. O pior é que temos 3 a 4 meses com sol e os restantes não sabemos. Sendo que os meses restantes podem ir até 8 ou 9 meses, não vos parece que é muito tempo de inércia? Já chega de fazer do inverno uma estação triste! porque não a mesma boa disposição do verão? Esta é uma música que fala do Inverno mas também da primavera que vem ai. É uma espécie de homenagem ao meu irmão que também não gosta do inverno mas rejubila com esta música. Bom Inverno!

domingo, 3 de agosto de 2008

É bom conhecer pessoas assim

De tão preocupados que andamos com as pessoas que nos aborrecem no nosso quotidiano, não reparamos que estamos rodeados de boas pessoas. Prefiro ocupar o meu tempo com pessoas simpáticas, amigas que me divertem, do que gastar as minhas energias com pessoas que consomem as minhas. Para mim este princípio resulta. Prestar atenção às boas pessoas tem um excelente efeito. Fui emocional e agradavelmente surpreendida por uma dessas pessoas, que agora é um ex-colega recente, com uma singela dedicatória que me fez a propósito da minha saída do meu também ex-emprego. É uma música cantada pela Mariza. Bonito poema. Obrigada. Fiquei muito feliz. Pela dedicatória, por conhecer essa pessoa, e por consolidar o meu princípio.

A Estética

Como será o relacionamento com os condómino? Foi uma das questões que me coloquei quando mudei de casa.
Como nunca se sabe quando a vida nos coloca perante uma pessoa mal disposta e, destas já estou enfastiada, tentei portar-me bem, não fazer barulho, por a música alta, enfim, não fazer má vizinhança.
Decorrido este tempo, ninguém se queixou. Assumi, então, que o meu comportamento era o correcto e que tinha ultrapassado a fase difícil, ou seja, a fase do quem é esta, será que vai incomodar. Menos uma preocupação.
Uma sexta-feira, literalmente no final do dia, subia eu a escada com o menor barulho possível quando fui interpolada pela minha vizinha do lado: "Dona Carla, desculpe, mas preciso de falar consigo", disse a senhora com um ar muito receoso. "Lá vem bronca", pensei eu.
As pessoas não param de me surpreender. A minha vizinha, à meia-noite de uma sexta-feira, apenas queria falar comigo de, pasme-se, estética!
Resumindo, faz parte das regras do condomínio deixar um garrafão de água em cada porta, para os fins tidos como necessários pela senhora da limpeza. Tenho deixado, quando me lembro, e quando não me lembro sou desagradavelmente acordada ao Sábado de manhã, um garrafão de água vulgaríssimo. O problema é que o garrafão que tenho deixado não é igual ao da minha vizinha do lado e, ao que parece, desde que me mudei , e pelo motivo descrito, ela tem andado aborrecida com a estética do andar. Percebe-se!
Foi, então, com uma generosidade inesperada, que me deu um garrafão, já devidamente cheio de água, igual ao seu, rematando "para pelo menos o nosso piso ter estética".
Quando aceitei a troca vi que, num pequeno gesto, podemos fazer bastante pela felicidade das pessoas. Como ficou contente a senhora com a recuperação da estética do nosso piso. "É o mais bonito do prédio". Finalmente pude ir dormir sossegada.
Foi este o meu primeiro percalço como recente condómina.
A minha vizinha tem toda a razão. A estética do piso realmente é única.






segunda-feira, 28 de julho de 2008

O bairro onde moro: o bom e o mau

Gosto muito do sítio onde vivo. Bairro bonito, sossegado e verde!
Há muito tempo que por aqui não passeava. Os circuitos são sempre os mesmos: autocarro - casa; casa - casa dos meus pais. Não muito mais do que isso.
A pedido de uma amiga, que precisava de umas fotos específicas, fui passear por sítios já esquecidos mas tão perto. Deste passeio originado pela reportagem fotográfica que fui incumbida e, numa pausa de trabalho, tirei algumas fotos ilustrativas do que de bom e mau tem o meu bairro. O mau, como não podia deixar de ser, tem como culpados os próprios moradores.

Este era um jogo muito popular na minha infância. Reparem o luxo, não era preciso desenhá-lo! ainda cá continua...


Aqui era onde nos armávamos em heróis:



Sem comentários:


sábado, 26 de julho de 2008

Cenas que se passam, pessoas que ficam

Vou mudar de emprego. Outra vez. Foi tão difícil mudar do primeiro emprego para o segundo que, quando o fiz, disse aos meus amigos que nunca mais o ia fazer. Enganei-os e enganei-me! Emocionalmente foi bastante difícil, foram muitos anos de rotina, muitos laços criados. No entanto, quando o fiz, rejuvenesci. Foi uma decisão incrivelmente bem sucedida! por vários motivos, pelo desafio, pelo enriquecimento profissional, para o desenvolvimento da confiança pessoal e, também, pelas pessoas que conheci. Resolvi mudar outra vez! já não foi tão difícil. Talvez pela maturidade, pela vontade de fazer coisas diferentes e pelo que a mudança em si envolve. Se for tão positiva quanto a outra valerá a pena. Mas não é a minha mudança que interessa. O que quero engrandecer são as pessoas que ficaram. Paulo, o grande "IT Engineer" do Norte. Finalmente um IT muito fixe, humor refinado. A recordar: "Carla, acreditas sempre em tudo o que te dizem?". Rui, muito bom colega, fazíamos uma boa equipa. Acredito que pense o mesmo. Já sabia muito bem interpretar as minhas "paragens cerebrais". Bem disposto, gente fina! Obrigada pela confiança. A recordar: a autêntica banda sonora que fazia com o seu estalar de ossos. Diogo, és um tipo à maneira. Rotina, comodismo, são palavras que não vêm no teu dicionário. Ainda bem! Sempre à procura do melhor da vida! Foi mesmo muito fixe conhecer-te e trabalhar contigo. Trabalhar, quer dizer... Contigo podia falar de cinema, musica, trivialidades, gajas e gajos. A recordar: Fruta e bolas anti-stress!
Marisa, às vezes penso que exigi muito de ti. Deixavas-me exaurida. Mas também foste tu que me arrancaste as melhores gargalhadas. E a paciência que tiveste comigo? Mas quando me davas aqueles abracinhos todos percebia que gostavas de mim e que não te zangavas por eu ser exigente contigo. A recordar: Os quinhentos-e-não-sei-quantos insuportáveis abracçinhos diários! Benditos espasmos musculares que me deram descanso!
Adoro-vos a todos. Diogo, acho que perdi a aposta! até já!

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Mudar, o quê, para quê? porquê? por nada, só para mudar...

Qualquer tipo de mudança dá trabalho. Fisico, emocional. Só de pensar na palavra ficamos estafados. Por isso não mudamos tanto quanto podíamos ou devíamos. Mudamos o móvel de lugar quando nos cansamos de o ver sempre no mesmo sítio. Mudamos de visual quando já não suportamos ver a pessoa que nos olha diariamente ao espelho. Quase todas as mudanças têm como pressuposto uma saturação. Quando chegamos ao nosso ponto limite pensamos em mudar as "coisas". Uns tentam, outros ficam pelo pensamento. Repto: "mudar antes de fartar" ou "fartou, mudou". O primeiro é o que provoca menos danos colaterais. Mudamos porque nos apetece e queremos. No segundo já estamos cansados de alguma coisa, vamos arrastando mau estar, tornamo-nos pessoas menos suportáveis. Tenho optado por este último, pelo menos no que respeita a mudanças importantes. Fica a satisfação de alcançar algo, ainda que tardiamente. O acto de conscientemente mudar a nossa vida, e pequenas mudanças também contam, é muito enriquecedor e dá-nos o prazer de fazer alguma coisa por nós. O entusiasmo que se sente por fazer coisas diferentes, por sermos diferentes, é um verdadeiro elixir e provoca um efeito regenerador. E podemos ter isto tudo apenas com pequenas mudanças. Antes que me farte deste post vou mudar de mensagem.

sábado, 12 de julho de 2008

Ida ao Porto

Foi uma viagem com destino final: Rufus Wainwright a solo na casa das Artes em Famalicão. 28.06.2008.
É sempre uma grande emoção ouvir Rufus ao vivo. As músicas não são só tocadas, cantadas. São também interpretadas, sentidas. É Rufus.
Não é um músico que se goste mais ou menos. Quem gosta, gosta muito, quem não gosta não gosta mesmo. Quero partilhar o que me fez ir a Famalicão.



Mas nem só de música se fez este fim-de-semana.
Viagens, Sol, palermices, cansaço e Porto.
Fui muito poucas vezes ao Porto mas as vezes que lá fui foram viagens memoráveis. Pela companhia, por aquilo que vimos e fizémos, por aquilo que comemos e pelos Portuenses com que conversámos. Espero voltar em breve.



A não perder numa vista ao Porto: Serralves. Jardins esplenderosos.



Outra visita obrigatória é a Casa da Música. Tem diversas salas, uma principal,óptima para concertos, e varias salas para pequenas apresentações. Numa nelas, construida com esse propósito, ouve-se música assim:


Safadices

A Lucy é uma cadelita adoptada pela Teresa há já alguns meses. Estava praticamente abandonada na rua. Adoptou, tratou e baptizou-a sem pestanejar, sem dúvidas. Pensei que talvez não tivesse sido uma decisão acertada. A própria Teresa, acredito, no inicio teve as suas dúvidas. Hoje, constato que foi uma excelente decisão. É magnifica esta cadela. Tão divertida. Pelo menos para quem a visita. Acredito que para os donos também. Chamam-lhe meiguinha, querida e Safada. Conseguem imaginar estes três adjectivos numa só criatura? É a Lucy.