sexta-feira, 25 de julho de 2008

Mudar, o quê, para quê? porquê? por nada, só para mudar...

Qualquer tipo de mudança dá trabalho. Fisico, emocional. Só de pensar na palavra ficamos estafados. Por isso não mudamos tanto quanto podíamos ou devíamos. Mudamos o móvel de lugar quando nos cansamos de o ver sempre no mesmo sítio. Mudamos de visual quando já não suportamos ver a pessoa que nos olha diariamente ao espelho. Quase todas as mudanças têm como pressuposto uma saturação. Quando chegamos ao nosso ponto limite pensamos em mudar as "coisas". Uns tentam, outros ficam pelo pensamento. Repto: "mudar antes de fartar" ou "fartou, mudou". O primeiro é o que provoca menos danos colaterais. Mudamos porque nos apetece e queremos. No segundo já estamos cansados de alguma coisa, vamos arrastando mau estar, tornamo-nos pessoas menos suportáveis. Tenho optado por este último, pelo menos no que respeita a mudanças importantes. Fica a satisfação de alcançar algo, ainda que tardiamente. O acto de conscientemente mudar a nossa vida, e pequenas mudanças também contam, é muito enriquecedor e dá-nos o prazer de fazer alguma coisa por nós. O entusiasmo que se sente por fazer coisas diferentes, por sermos diferentes, é um verdadeiro elixir e provoca um efeito regenerador. E podemos ter isto tudo apenas com pequenas mudanças. Antes que me farte deste post vou mudar de mensagem.

1 comentário:

Anónimo disse...

só as palavras "mudar"/"mudança"/"alterar"/"arriscar" já fazem tremer muita gente...
eu sou arisco à mudança, mas sempre que ela ocorreu acrescentou valor à minha vida! mesmo que a mudança não tenha sido para melhor, só o facto de ela acontecer já fez com que os meus horizontes alastrassem, já permitiu que eu deixasse de ficar na dúvida, a dúvida do "será que sou capaz?"/"será que vai ser melhor?"/"será..."/"será..."... Não há pior coisa na vida do que ficar com um "será..." na cabeça!
A minha vida tem sido feita de mudanças muito pouco significativas, tenho levado um critério de uniformidade que deveria romper em certas situações... Sou um gajo conservador (sou otário, lolol)!
Mas aos poucos tenho vindo a mudar certas coisas, certas atitudes que me levam a encarar a mudança cada vez com mais naturalidade até porque o ser humano nunca está completo e vive de metas/objectivos que se propõe a si próprio e quando uma meta se alcança outra logo surge para ser desafiada...
O amanha é tão próximo do hoje que é impressionante como algo tão próximo, pode ser tão imprevisivel...

Rui Ferreira