quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Já Chega, não????

Fotos daqui e daqui

Quando apareceste achei alguma graça. Sentia-me uma personagem de banda desenhada. Habituaste-te à minha companhia e agora está dificil fazeres-te à vida! Eu percebo, sou simpática, boa companhia. Mas se procurares bem há pessoas mais simpáticas e que te podem fazer melhor companhia do que eu. Desculpa dizer-te mas já chateias. Já não tenho paciência. Devo ainda dizer-te que, apesar de em alguns momentos teres levado a melhor, no fim serei eu seguramente a vencedora. Por isso desaparece, deixa-me em paz.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Um Pássaro à solta na Aula Magna

Gosto de música (e ao vivo), a Aula Magna é a minha sala preferida para concertos, gosto de pássaros. Juntaram-se estes ingredientes a 07/10/2010 e tivemos uma (mais uma!) brilhante actuação de Andrew Bird. Andou à solta, pareceu-me, pelo que me foi dado a ver no decorrer da sua actuação, porque não o senti preso a qualquer alinhamento. Este concerto não fazia parte de nenhuma digressão, o objectivo não era promover nenhum álbum. Esteve a passar duas semanas em Lisboa, segundo o próprio, a tentar ter rotinas, e os amigos a convite de quem ele esteve cá desafiaram-no para um concerto. Andrew aceitou e ainda bem! Foi um concerto para amigos. Antes de começar a tocar disse que ia tocar musicas novas, que andava a compor para o seu próximo álbum, por estas estarem mais em harmonia com o seu estado de espírito actual. A meio do concerto disse que se sentia pressionado a tocar algumas músicas antigas por sentir que a plateia queria ouvir algumas músicas conhecidas. Uma dessas músicas foi precedida pelo seguinte comentário (tradução praticamente fiel da autora): "outro dia estava a ouvir rádio e tocou esta música, eu pensei, se passa na rádio talvez gostem". Foi esta (gosto tanto!!!):
Foi um belo remédio para a alma. Foi também um belo ansiolitico. Que bem, que calmo se fica a ouvi-lo cantar, o seu violino, o assobio, a forma como ele se relaciona com a música. É de uma honestidade desarmante. Mesmo muito bom!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Já falavam de outra cena, não? Só assim p'ra variar

Não sofro do "síndrome da Segunda-Feira". Pelo menos gosto de pensar que não. O que não gosto à Segunda é exactamente o que não gosto nos outros dias: o tocar do despertador, o levantar cedo. Não gosto de nenhum dia útil antes das 10h/11h. À segunda não é pior, pelo contrário, tenho a mania de ter esperança renovada e pensar "esta semana vai correr melhor que a anterior". Mesmo que a anterior tenha corrido bem. Digamos que o Domingo e a Segunda-Feira estão para mim o que para alguns está o dia 31 dezembro/01 Janeiro, numa dimensão mais reduzida, claro!
Há, no entanto, um fenómeno que, ou ao qual eu me torno imune ou deixo de gostar de vez das Segundas! E tenho tentado fingir que não ouço, mas já não consigo! Não há um espécime do sexo masculino que não fale de futebol! não há paciência, não há estômago. No emprego, as duas/três primeiras horas já ninguém lhes tira. É comentários à jornada, a todos os jogos, a todos os jogadores, aos árbritos, aos massagistas. Até falam de jogos de mil-novecentos-ainda-eu-não-era-nascida! Lá para as 11.30h/12.00h a minha cabeça tem sossego. Falam alto. Uma hora depois vou almoçar e em jeito de replay, mais comentários à jornada do fim-de-semana. Já experimentei todos os restaurantes das redondezas e há sempre gente opiniosa a falar de futebol. Como à pressa. Venho passear para o jardim, afinal preciso de descansar a cabeça, vejo gajos giros, fico contente, passo perto deles e de que falam? futebol! Venho para casa e no autocarro alguém se lembra de fazer mais um comentáriozinho. Mas piora, porque Segunda-feira à noite na TV passa sempre o último jogo da jornada o que faz com que na Terça a história se repita. Não é com a mesma animosidade, é verdade. Podem falar de futebol, mas um bocado menos, ok? É que há vida para além disso...há mesmo, a sério!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Dia mundial da música

Hoje é o dia mundial da música. Se há arte/forma de expressão /assunto que mereça ter um dia mundial é a música! Seja qual o género que se goste a música faz-nos falta. Ocupa um lugar muito importante na minha vida. No meu primeiro emprego, por todas as salas que passei havia um rádio. Nem sempre gostava da selecção musical mas não havia muito a fazer, afinal estamos em democracia. Quando fui para uma sala só para mim podia escolher, eu era a DJ de serviço. Trabalhar, estudar ao som de música nunca foi problema, pelo contrário ajudava. Entusiasmava a continuar a jornada. Quando mudei de emprego, no Top 5 das ponderações, estava entre os primeiros, a seguir ao ordenado e localização, a possibilidade de poder continuar a ouvir música enquanto trabalhava. Não me imaginava não o poder fazer. Não é assunto que se aborde na entrevista! Género, oferecemos-lhe não-sei-quantos-euros mês, o seu horário é 11.00h/16.00h e pode trazer rádio/leitor de CD’s para o locar de trabalho. Ouvir com auriculares não é a mesma coisa. Para além de que não me parece que seja apropriado. Mudei de emprego e os primeiros dias de trabalho, aqueles em que estamos a tentar que gostem de nós foram angustiantes. Nem uma musiquinha. Mas as coisas mudaram e lá voltei a ser DJ. Tudo isto para dizer que viver sem música é muito difícil. Tirem-me o café de manhã, os chocolates, o cheesecake, os gelados, mas deixem-me ficar com a Marisa Monte, o Rufus Wainright, Os kings of Convenience, o Andrew Bird, o Ed Hardcourt, o Sérgio Godinho, entre tantos, tantos outros. Pensei que seria engraçado escolher uma música para assinalar a efeméride mas gosto de tantas, não se destaca uma destacam-se muitas. Não consigo eleger “a música”. Foram tantas as que me marcaram ao longo da minha existência, desde as pirosadas(?) que ouvia na adolescência até à selecção actual , que seria um trabalho muito moroso. Podia escolher uma por "fases da vida" mas não. Seria injusto para as que ficavam de fora. A propósito do dia mundial da música fui assistir a uma conferência, de Andrew Bird, intitulada “Pensamentos e Emoções, Desdobrando a Canção. Andrew Bird explicou onde vai buscar inspiração para compor, os sentimentos que o levam a produzir aquele estupendo resultado final. Tocou músicas do seu próximo álbum. Foi muito interessante ouvi-lo.
Como Andrew Bird é um dos cantautores que mais gosto e comovida por ele escolher Lisboa como inspiração para o seu próximo álbum e também porque no próxima dia 07 o vou ver ao vivo, deixo um pequeno excerto do grande momento no São Luiz.