sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Run week, run...

Esta semana parece que aconteceu comigo o mesmo que aconteceu na Ilha de Samoa. Devem ter-me tirado um dia à semana, porque o que ela passou de rápido...
Se quando acordo, por vezes, não me lembro quem sou, onde estou, que dia é, tal não acontece à sexta-feira! É o meu acordar mais lúcido da semana. Hoje não foi assim. Como nos últimos dias não tenho ouvido o despertador a tocar, hoje dei por mim a pensar numa táctica para que amanhã não acontecesse o mesmo, e fui desenvolvendo a ideia à medida que ia fazendo as minhas rotinas madrugadoras. Passou algum tempo até ter consciência que afinal o tal amanhã é Sábado! Significa que não estou bem situada na semana, cá para mim tiraram um dia à minha semana, só pode...

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

I want one of those

Não era para usar todos os dias. Era só assim nos dias em que já não há paciência. Em caso de última necesidade. Mas gostava tanto de ter uma destas:

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Pensamentos Negativos, Poluição, Pessoas…

…Sol. Tudo começou por causa do Sol. Fui apanhar o autocarro numa paragem da Avenida da Liberdade. Faltavam 8m para o autocarro. Arranjei um Spot maravilhoso onde o Sol incidia directamente sobre mim. Pensei, por mim pode até faltar meia hora para o autocarro. A minha cabeça percorreu todos os bons momentos, todas as histórias do tempo em que trabalhava a 20 metros daquela paragem. Nostalgia. Saudades. Conforto. O Sol e os pensamentos aqueciam-me. Ficava ali a tarde toda.
De repente dei por mim a pensar, como é possível que a Avenida seja a artéria mais poluída da cidade de Lisboa e do País. Dei por mim a observar os carros, o movimento, a imaginar o CO2 a piorar a minha dor de cabeça. Neste momento um senhor coloca-se à minha frente e puxa do belo do cigarro cujo fumo passou a acertar em mim com a mesma precisão do Sol. Atrás de mim uma senhora falava (alto) ao telemóvel sobre a morte de uma pessoa. Outra, a meu lado, falava (muito alto) para uma D.Irene que do lado de lá não respondia. Quanto mais a senhora tardava em responder mais eu ouvia o grito “Ó D.Irene tá-me a ouvir?”. Penso que estava uma senhora nos restauradores que se chamava Irene e veio a correr porque pensava que era para ela. Contou à D.Irene que estava muito mal, acabara de sair do hospital, tinha o coração muito fraco.
Já não me apetecia ficar ali a tarde toda. Já ansiava pelo autocarro. Não demorou 8m mas sim 12m.
Por momentos concordei em que a Avenida era de facto uma artéria muito poluída e não se deve apenas aos carros.
Distraímo-nos um pedaço que seja e a nossa viajem deixa de ser prazerosa a um tormento. Dizem que pensamento negativo atrai cenas negativas. Acho que acredito.

Mas porque é que me lembrei do raio da poluição?

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Das cenas sobre a crise...

A única pessoa a quem presto atenção quando se fala sobre a "crise" é ao Economista Vítor Bento, presidente da SIBS. Apesar de estar saturada de ouvir falar sobre troika, austeridade, crise, cortes, Mercados, não posso deixar de estar atenta ao que se passa. Não significa que ouça ou leia tudo o que se refere ao tema. Vai daí e escolhi ouvir apenas o que fala e escreve Vítor Bento. Confiro-lhe credibilidade. Não é um economista que fala depois dos factos ocorridos, vaticina. Assisti a uma conferência em que foi um dos oradores, há um ano atrás, em que disse (e foi a única frase que recordo de 3 horas de conferência): "vai ser necessário tomar medidas nunca antes tomadas em democracia". E lá continuou dando exemplos. É o que se pretende de um economista, que vaticine, que sugira caminhos (ainda que ninguém os siga). Foi convidado para fazer parte do novo Governo. Recusou. Reforçou a minha credibilidade.
Já se fala numa espiral de falência dos países do Euro, por efeito contágio, já vozes se levantam quanto à troika e respectiva competência,  já não há paciência para a dupla Merkel-Sarkozy e principalmente para os "Mercados". Vítor Bento diz que "Europa está à beira de um precipício". E nele eu acredito.

sábado, 26 de novembro de 2011

Cenas inesperadas

Estava um bonito dia. Um sol lindo de quase inverno, temperatura amena. Apetecia-me andar a pé. Fi-lo com a minha mãe. Felizmente moramos num sitio onde podemos fazer caminhadas simpáticas. Quando passeio com a minha mãe é bom por vários motivos. Primeiro pela sua companhia, depois porque as nossas conversas e caminhos percorridos me remetem para a minha juventude e para as aventuras que vivi no meu bairro.
Resolvi ir um bocadinho mais longe e ir passar perto de uma das escolas que frequentei, onde fui muito feliz, e que agora está vetada ao abandono por causa de uma suposta construção de uma terceira travessia sobre o Tejo. Enquanto se decide se há dinheiro para a tal construção, uma das maiores e melhores escolas de Lisboa está fechada e a degradar-se. Os terrenos circundantes tornaram-se numa quase lixeira. Ainda há quem pense que os electrodomésticos, colchões, sofás, etc, que têm em casa são biodegradáveis.  Avistei ao longe funcionários da CML a recolherem esses elementos. Os senhores, por alguns momentos e conforme eu e a minha mãe caminhávamos em sua direcção, olharam várias vezes para nós. Passámos por eles, lá trabalhavam. Quando foi a vez deles passarem por nós, já iam dentro da sua carrinha, pararam e perguntaram, de forma muito educada, se podiam fazer uma pergunta, foi o motorista. Respondi que sim, pensava que me iam perguntar uma qualquer morada. Mas não, perguntaram se a senhora que ia comigo era minha mãe. Antes de eu responder disse-me o senhor: "Se for sua mãe estime-a muito. Eu fiquei sem mãe aos sete anos e sem pai ao treze anos. Sofri horrores. Hoje em dia quando vejo pessoas novinhas (adorei esta parte) assim como a menina e a forma como está com a sua mãe fico muito contente." o Colega dele disse: "É bonito ver como passeia com a sua mãe, não é frequente as pessoas com a sua idade, deve ter entre trinta e um e trinta e quatro (também adorei) fazê-lo". Respondi, é minha mãe sim! Já tenho mais de trinta e quatro e sim estimo-a muito e vou continuar a estimá-la. Os senhores sorriram para mim e eu senti o meu coração tão cheio. Os senhores estavam a ser sinceros comigo. Senti-me uma privilegiada perante aquele senhor simpático que cresceu sem mãe. Eu cresci com uma mãe que fez de mim o que sou hoje. Eu ainda posso passear com a minha mãe.
E o dia ficou ainda mais bonito!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

É meu!

Com este fatito catita ainda me custa mais a sair da cama. Com ele vestido sei que estou bonita, depois...
(foto: minha; pijama: MEU)

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Para não faltar à verdade...

Preciso de uma igual mas com month:

(foto: minha)

sábado, 12 de novembro de 2011

Finalmente!

Sai o disco de Novo de Marisa Monte. Saiu a 07 de Novembro. (Começo achar que não é só coincidência esta relação que eu tenho com a música  e o dia 07). É sempre um motivo de alegria um disco novo de Marisa Monte. Para além de serem sempre discos maravilhosos significa que daqui a uns tempos vem a Portugal actuar ao Vivo. A última vez que veio foi em Setembro de 2006. No inicio desse ano tinha editado dois álbuns. Volvidos mais de cinco anos sai "O que você quer saber de verdade". É muito bonito, tem arranjos (como sempre) e letras encantadoras. As letras são muito positivas.
Eu ouço Marisa Monte e fico diferente. Adoro.
Gosto de todas as músicas, mas ficaram-me no ouvido a que dá nome ao álbum, o que você quer saber de verdade, Depois, Seja Feliz. A ouvir!

Vai sem direção
Vai ser livre
A tristeza não
Não resiste
Jogue seus cabelos no vento
Não olhe pra trás
Ouça o barulhinho que o tempo
No seu peito faz
Faça sua dor dançar
Atenção para escutar
Esse movimento que traz paz
Cada folha que cair
Cada nuvem que passar
Deixa a terra respirar
Pelas portas e janelas das casas
Atenção para escutar
O que você quer saber de verdade

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Gosto de pessoas simples

Pedro Pinto começou por apresentar programas infantis na RTP1. Apresentou o Hugo! Eu gostava daquilo e já era crescidinha, pelo menos no B.I..

A determinada altura quis enveredar pelo jornalísmo na área do desporto e enviou o C.V. para o mesmo canal onde já trabalhava. Foi rejeitado. Como era um sonho que tinha, enviou o mesmo C.V. para a CNN e lá está, até hoje. É um tipo com muita pinta, desprovido de vedetismo. Simples como se quer!
Passou por portugal, deu uma ou outra entrevista. Ainda parece o mesmo rapaz do Hugo! Numa dessas entrevistas passaram um video do Pedro Pinto a entrevistar o Roger Federer, que diga-se em abono da verdade também não tem ares de vedeta.  E foi este o brilhante resultado:

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Já Está!

Alívio. Descansar. Parabéns. Merecer. Ressaca. Prenda. Obrigada. Conseguir. Desculpem. Ajuda. Apoio.Amizade. Paciência. Gostar.

Um dia volto a conseguir escrever frases inteiras. Hoje ainda não é o dia.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Hoje é isto que me apetece dizer

Demagogia*

Dão nas vistas em qualquer lugar
Jogando com as palavras como ninguém
Sabem como hão-de contornar
As mais directas perguntas

Aproveitam todo o espaço
Que lhes oferecem na rádio e nos jornais
E falam com desembaraço
Como se fossem formados em falar demais

Demagogia feita à maneira
É como queijo numa ratoeira

P’ra levar a água ao seu moinho
Têm nas mãos uma lata descomunal
Prometem muito pão e vinho
Quando abre a caça eleitoral

Desde que se vêem no poleiro
São atacados de amnésia total
Desde o último até ao primeiro
Vão-se curar em banquetes, numa social

Demagogia feita à maneira
É como queijo numa ratoeira


Adormeci e acordei a pensar neste tema, vá-se lá saber porquê...

*Letra e música de Luís Pedro Fonseca
Álbum Perto de ti, Lena d’Água 1982

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Ainda Chico Buarque

"Bom Conselho"
Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado, quem espera nunca alcança
(Continua...)

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Ouvi hoje, lembrei-me de vocês e apeteceu-me

Actualmente as palavras não abundam neste cérebro direccionado num só sentido. As palavras que surgem, que consigo escrever, são apenas as que estão relacionadas com o trabalho que me encontro a fazer. Mas apetece-me dizer, escrever tanta coisa. Mas não consigo. Mas como tenho vontade de dizer coisas escolho palavras de outros. Mas não de um qualquer outro. Escolhi um poema de Francisco Buarque de Hollanda, o Génio da palavra Chico Buarque. Escolhi este poema para o R, para a S, para a T e para todos os meus maravilhosos amigos. E já agora também para mim.
Vai Levando
Chico Buarque
Mesmo com toda a fama, com toda a brahma
Com toda a cama, com toda a lama
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa chama
Mesmo com todo o emblema, todo o problema
Todo o sistema, todo Ipanema
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa gema
Mesmo com o nada feito, com a sala escura
Com um nó no peito, com a cara dura
Não tem mais jeito, a gente não tem cura
Mesmo com o todavia, com todo dia
Com todo ia, todo não ia
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa guia
Mesmo com todo rock, com todo pop
Com todo estoque, com todo Ibope
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando esse toque
Mesmo com toda sanha, toda façanha
Toda picanha, toda campanha
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa manha
Mesmo com toda estima, com toda esgrima
Com todo clima, com tudo em cima
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa rima
Mesmo com toda cédula, com toda célula
Com toda súmula, com toda sílaba
A gente vai levando, a gente vai tocando, a gente vai tomando, a gente vai dourando essa pílula !

Gosto desta versão do Caetano Veloso e da Maria Gadú do Vai Levando:

Mas sugiro uma visita ao original, http://youtu.be/ligbgWO2C58. Vejam o Caetano, delicioso. A mudança. O vídeo é de 1978. O poema é intemporal.

Está dito!

domingo, 9 de outubro de 2011

Fundação Francisco Manuel dos Santos

Quando se entra no site entende-se logo qual o objectivo. Anuncia-se que a missão da Fundação é estudar, divulgar e debater a realidade Portuguesa, com independência e liberdade. Valores que actualmente, andam poucas vezes de mãos dadas. Têm estudos, conferências, debates, tudo relacionado com a missão. Fala sobre saúde, educação, corrupção. As conferências são muito interessantes, são gratuitas. O trabalho mais visível desta fundação é a pordata. A pordata é uma base de dados sobre Portugal que tem dados relativos a tudo quanto se possa imaginar. É muito interessante e útil. Pelo menos para mim já o foi em um ou dois trabalhos. Tem dados estatísticos sobre população, educação, contas do Estado, etc. Uma viagem por este site e fica-se facilmente surpreendido com a quantidade e variedade de informação ali encontrada. Sugiro uma visita. Nesta Fundação é tudo tão interessante que até o anúncio à mesma é estupendo:

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

You Can't Always Get What You Want

Já sei! Não é preciso estarem sempre a lembrarem-me o mesmo! Mas também sei que:

"(...)But if you try sometimes well you just might find

You get what you need(...)"

You Can't Always Get What You Want(Tema original dos Rolling Stones)

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Joana, uma Portuguesa Extraordinária

E só tem 15 anos!
Vi, acidentalmente, a estreia do novo programa da RTP1, Portugueses Extraordinários. E ainda bem. Pelo que percebi, cada emissão vai falar sobre dois portugueses que ajudam outras pessoas, pessoas que fazem o bem sem olhar a quem, diz a publicidade ao programa. Não vi o primeiro Português extraordinário, mas vi a Joana. Esta menina, com discurso de meter inveja a muitos adultos, ajuda quem pode, pessoas idosas, colegas da escola, quem pode. Diz que às vezes fica cansada mas sabe-lhe bem. É comovente ouvir os seus argumentos que sustentam a ajuda que presta a idosos. É comovente ouvir os colegas da escola dizerem que se tornaram pessoas diferentes "só" por causa da Joana. A mãe da Joana diz que às vezes até tem medo, diz quando a esmola é muita o santo desconfia, por ter uma filha assim. A Joana diz que é feliz, diz que é bom ouvir obrigada mas não é isso que espera.diz que a maior recompensa é saber que fez alguma coisa de bem para ajudar o outro.
E só tem 15 anos!
Sei que poucos terão paciência para ver um vídeo de 13 minutos. Mas vale a pena. Se eu pudesse obrigava as pessoas a verem. Eu já o revi. Voltarei a ver quando precisar de "cair em mim".

domingo, 25 de setembro de 2011

A doce expectativa, a calma ansiedade: MM

Marisa Monte. Anuncia no seu site que até ao final do ano vai lançar novo trabalho. Não se sabe a data. Diz também que está a preparar uma série de shows, que é como quem diz, concertos. Álbum novo de MM implica concerto(s) em Portugal. Por isso até lá vou estar numa calma ansiedade e numa maravilhosa expectativa. É sempre desta forma a minha relação com MM. Ainda me lembro dos seus dois últimos álbuns, lançados em simultâneo, a que a mesma chamou "gémeos": Universo ao meu Redor e Infinito Particular, 2006. Desde o anúncio da data de saída até que o temos na mão espera-se ansiosamente pelo resultado, na expectativa de que a fasquia não baixe. Compramos o CD (ou oferecerem-nos, também pode ser...), retiramos o celofane, coloca-se o CD e viaja-se pela obra [prima]. E é assim que eu quero que seja com mais este seu novo disco.
Na era do youtube, myspace, facebook, alguns autores antecipam a divulgação do single de estreia. MM fez o mesmo. Vais desculpar-me Marisa, mas não é assim que eu quero ouvir o tão esperado álbum. Não lanças desde 2006 e agora queres que o ouça aos bocados? Nem pensar. Estou ansiosa, estou expectante e quero ouvir seguidas as novas músicas, com todos os rituais do costume. MM, vou ouvir tudo de uma vez, ok? Se puderes lançar o álbum antes do Natal era bom, é que ainda falta muito tempo... mal vejo a hora. Uma coisa é certa, se tropeçar no vídeo do single, que está inclusivamente disponível no seu site não o vou ouvir.
Albúm novo? "AINDA BEM"*
*nome do single já disponivel

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Estou a trabalhar no tema... com convicção!

Hoje a caminho de casa ouvi esta belíssima música. Resolvi fazer da letra o meu TPC. E vou fazê-lo. Esta versão é cantada pela Bebel Gilberto. O Tema original pertence a Kassin. O curioso é que ao falar da música da Bebel Gilberto que tinha ouvido, acto continuo, o R saca do CD com o tema original, do Kassin, que inclusive eu já tenho em meu poder. Mas não sei se foi do momento, se foi da voz da Bebel, só hoje é que lhe dei a merecida atenção.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Podia ser a música oficial de um sitio que conheço...

Por acaso ouvi em directo o momento em que lançaram no "ar" esta música. Foi quando o meu despertador tocou, pouco depois já estava a passar na rádio. Enquanto eu ganhava coragem para por os pés no chão e fazer-me à vida, já esta malta estava com esta pedalada. Pouco passavam das 7.30h da manhã. Até assusta, como é que a esta hora alguém já está com esta energia toda! Eu nem me lembro do caminho do quarto para a casa de banho... palavra que tenho inveja. De duas coisas. De começar assim o dia e do ambiente de trabalho. O que esta malta se diverte. E ganham para isso. Mas é merecido, É pois é! Este Senhor, Vasco Palmeirim é um artista.

Se eu pudesse...

Juntava as pessoas más, e quando eu digo más quero dizer, intolerantes, egoístas, invejosas, insensíveis e que só conseguem ver mal em tudo, abria um buraco em "no men's land" e deixava-as lá todinhas! Abria uns buracos para poderem respirar e receber comida, bebida, enfim cuidados primários. Assim conviviam todas umas com as outras, todas da mesma espécie, e paravam de destilar más vibrações e contaminar. Não concordo em absoluto com a existência de guetos, mas abro uma excepção para esta raça. Como trabalho de casa já fiz uma lista, não é grande é certo, mas é das boas, é com cada elemento...
Se pelo menos elas se tornassem invisíveis eu podia mudar de opinião, não sendo possível, temos pena...
Mas isto sou eu hoje. Hoje sou eu contra o mundo. Amanhã talvez não.
É que se houvessem uns comprimidos para tomarem e iam mudando assim devagarinho, mas não...

domingo, 28 de agosto de 2011

Férias, história e coincidências

Este ano consegui umas merecidas férias. O destino foi Berlim. Era um destino que não estava nas minhas prioridades mas, ditam as regras da democracia, a maioria vence. E ainda bem. Gostei bastante de ter conhecido Berlim. Foi uma aposta ganha, sem dúvida. Cidade moderna onde se respira muita história.
Todos os recantos da Cidade têm história para contar, desde a fundação da cidade, Guerras Mundias e mais recentemente o Muro de Berlim. Partes da história lamentáveis mas que não se consegue e não devem ser ignoradas.

O que mais gosto quando faço férias é poder, ao mesmo tempo, descansar (para mim descansar não é exactamente descansar) ver lugares, culturas diferentes e aprender, apreender. Berlim é optima para isso. Pode-se descansar nos muitos, mesmo muitos parques que a cidade tem, tem uma cultura e pessoas muito diferentes da nossa (não quero dizer que seja melhor ou pior, apenas diferente). Cidade descontraida, pessoas descomprometidas. Muitos pontos de paragem. E ainda bem porque o que se anda...

Foi muito interessante o facto de ter ficado a conhecer melhor alguns factos históricos. Destaco a visita ao museu dos Judeus e ver, em alguns pontos das cidade, reminiscências do Muro de Berlim. Parece uma viagem no tempo. O tentar perceber, o que se aprendeu com o que se passou. Perceber como a cidade, o País evoluiu desde então. Gostei muito. Adorei os grafíti que estão no que resta do "Muro da Vergonha" Partilho aqui as que mais gostei. Estava lá um grafíti de uma portuguesa.

No centro de Berlim existe um jardim que embora descrito nos roteiros da cidade como um jardim, não é exactamente um jardim. É uma floresta com pedaços de jardim, O Tiergaten. Magnífico. Só vimos metade. Pessoas a apanhar sol, familias a brincar, pessoas despidas. Espaço para tudo!

(daqui)

Curiosamente, um dos meus cantores favoritos, Rufus Wainwright, gravou em 2007, um maravilhoso albúm, Release the Stars, tendo sido, parte do albúm, gravado precisamente em Berlim. Daí as duas belíssimas canções do mesmo: Sanssouci e Tiergaten. Uma homenagem de Rufus à cidade. Em DVD explica o porquê de ter escrito cada música. Adoro o Tiergaten:

Obrigada R por me teres obrigado a ir. Obrigado por me teres facilitado a viagem. Foste um Irmão do melhor que há.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

But I don't feel fine....

Já data do final da década de oitenta, inicio da década de noventa, este vaticínio dos REM, "It's the End of the World as We Know It (And I Feel Fine)" Sempre gostei muito desta música. Mas apenas agora me parece a sound track adequada.
"(...)It's the end of the world as we know it.
It's the end of the world as we know it
It's the end of the world as we know it and I feel fine. (...)"

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Agora??? Preferia nem saber...

Tenho a mania, gosto de andar a par do que acontece, lá vou lendo uns jornais, mais do mesmo, mas de vez em quando lá aparece uma noticia diferente que, no caso, até podia ser uma boa noticia não fora o caso de uma coisa chamada timing. Jornal i, edição de 08/08/2011: "Descoberta proteína que impede cabelos brancos"
Que irritante!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Mayer Hawthorne: a really great arrangement

Tudo estava composto para uma excelente noite: a aventura que foi chegar ao local, o próprio local, o parque Marechal Carmona em Cascais, a noite estrelada, [vou fingir que a noite estava perfeita e não tive frio], o palco metido no meio das árvores. Só faltava o músico, cantor, performer. Mas Mayer Hawthorne veio, à hora combinada. E foi delicioso. Uma noite perfeita a 07/07. Já conhecia o álbum dele de trás para a frente, este era um concerto sem grande margem para erro. A expectativa não era quanto ao alinhamento mas sim quanto aos arranjos. E não defraudaram. As músicas são pequenas, ele tem um álbum e vai a caminho do segundo. Teve de trabalhar bem para render. E pôs aquela gente (eu incluída) toda em pé, qual quê sentadinhos! Ele falou com o público, foi muito despretensioso (qualidade que admiro cada vez mais), simpático, ofereceu um disco de vinil em forma de coração, especial oferta a raparigas sem namorado ( a propósito da sua canção Just Ain't Gonna Work Out ), ensinou coreografias, Só não foi one-man show porque a sua banda era magnifica e acompanhava-o sem mácula. Ao contrário do que acontece nos concertos a que tenho ido, não existem muitos vídeos para testemunhar a sua passagem pelo Cool Jazz Fest. Adorei todas as músicas. Adorei os arranjos que fez a "A Strange Arrangement"(e que dá nome ao álbum), é tão bonita esta música:
"(..)Darling me and you, we had a strange arrangement
But you broke all the rules
And I'm through playing the fool for love
Darling yes it's true, we had a grand engagement
But I can't stand by, while you break my heart in two
Oooh, I've got to be a man
Baby I've got to take a stand, so
So now we've gone our seperate ways
But in my heart I feel the burning flames
Of love's remains
I'll have to find somebody new
But all who dare will be compared to you
What can I do
Este vídeo é um pequeno testemunho da sua passagem por Cascais (Make her mine):

Tocou uma música que irá fazer parte no seu próximo albúm, da qual gosto muito, No Strings:
"(...) saw you lookin' at me girl
When I first set foot into the room
You didn't want me to see girl
You didn't wanna lay your cards so soon
I see you rollin' it over
You wonder what your friends might think of you
Angel on your shoulder, but you know just you wanna do
Well I don't need to know a thing about your past
No I just want one night with you no strings attached
And I know that we might not be a perfect match
I just want one night with you no strings attached
I know you tryin' to be good girl
But you imagine what I'm like in bed
You try to push it aside girl (...)"

Digamos que este Senhor tem um efeito em mim muito para lá do apaziguador(será por isso que anda há tanto tempo a fazer-me companhia na condução?). Uma coisa é certa, foi mesmo muito Cool!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Não sei se fique triste, contente...

Hoje precisei de andar de táxi (isto de não poder e não conseguir fazer esforços com o braço esquerdo está a fazer de mim uma verdadeira dondoca). Dependendo do meu estado de espírito e dos taxistas, depende a minha vontade de ir caladita ou ir a conversar com os senhores motoristas. Hoje estava mais para o caladita, mas o senhor não deixou. Falámos de várias coisas e, justiça seja feita, (quase todas) interessantes. A dada altura da conversa fiz o seguinte comentário (mas que veio a propósito): "estou a fazer esta observação mas não sou psicóloga". O senhor respondeu: "tem graça falar nisso porque quando tive que optar por um percurso académico, um amigo disse-me que eu devía ir para psicólogo ou enfermeiro. Mas na altura eu não quis, e fui tão palerma, tão palerma que fui logo escolher ir para contabilidade. E fiz disso profissão 24 anos". Comecei a rir e ele ainda perguntou se eu também achava uma palermice, ao que lhe respondi: "O senhor não devia dizer isso, olhe que foi precisamente essa a minha escolha". Pediu-me muitas desculpas pela eventualidade de ter sido indelicado e acrescentou, ipsis verbis: "deixe lá, não se aborreça porque em contrapartida é uma pessoa muito bonita e muito simpática". Ainda lhe perguntei como é que passou de contabilista para taxista e ele disse que os números lhe estavam a dar cabo da cabeça e que percebeu que não conseguia estar fechado num escritório.
Por isso opto por vir calada. Tenho alguma aversão ao risco. E gosto de silêncio.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Gostei tanto... fez-me bem!

Sempre que ouço uma música da Marisa Monte fico nas nuvens. Especialmente quando ouço sem estar à espera. Depois apetece-me vir para casa e ouvir os CD's dela. Pela segunda semana consecutiva, a Marisa Monte foi a banda sonora da fase final da minha aulita . Foi tão fixe. A fazer ginástica no meu elemento preferido, água, com professore(s) para lá de simpático(s) e fazer o relaxamento ao som de MM deixou-me tão sossegadita. Não consigo explicar mas é das poucas cantoras que tem um efeito maravilhoso em mim. É um perfeito ansiolítico. Se o estado Zen existe é assim que eu fico. Hoje foi esta:

terça-feira, 14 de junho de 2011

A hora do silêncio

Existe um Decreto-Lei que regulamenta o horário dos períodos de ruído, ou seja, limita as horas em que se pode fazer (e ouvir) ruídos. Normalmente associamos esse Decreto-Lei ao "barulho das obras" e quando um vizinho nosso faz obras sacamos logo do conhecimento e dizemos "mas só pode fazer até determinada hora". E depois ficamos sempre à espera que o mesmo meta a pata na poça e ameaçamo-lo com a legislação. Já aconteceu comigo. Em ambos os sentidos. Já fui a vizinha das obras e já fui a vizinha do Decreto-Lei. E tive de o ler.
Hoje, ao meu serão, tenho estado a tentar-me recordar do que li. Gente a falar [muito] alto, televisões com o som [quase] no máximo não fazem parte de nenhum artigo. Se fizessem, hoje era outra vez a vizinha do Decreto. É que estou aqui no sossego do meu lar e ouço os diálogos todos da(s) telenovela(s). Não sei qual. Deve ter entrado água nos ouvidos da minha vizinha. De vez em quando acontece-lhe. Para além da falta de silêncio, a minha vizinha de baixo pensa sempre que sou eu. Ainda assim prefiro sofrer de má reputação do que por causa de barulho.
Ai se um dia destes me dá para me vingar...

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Miscelânea ética

Não sei bem o que lhe hei-de chamar. Mas palavra que acho piada, são cenas giras.
O Futuro Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, não quis debater nas televisões com um seu concorrente, O Dr.Garcia Pereira. Não se sabe exactamente quais foram os motivos, o PSD alegou falta de tempo, mas a mim ninguém me tira da cabeça que o facto do Dr.Garcia Pereira ser advogado do Dr.Pedro tem algo a ver... Eu teria gostado de ver.
As declarações da Dra.Ana Gomes sobre o Dr.Paulo Portas levaram o mesmo a recorrer ao seu advogado para análise das mesmas e ver se existe matéria de facto. E quem é o advogado do Dr.Paulo Portas, esse mesmo, o Dr.Garcia Pereira.
Fico confusa. Para governar o país este senhor, o Dr.Garcia, debateu-se por ideologias opostas às dos seus clientes e contra os mesmos. Agora no que diz respeito a defendê-los, as ideologias políticas vão à vida dando lugar às ideologias monetárias. Este Dr.Garcia Pereira deixa-me baralhada. Primeiro não entendo porque é que desde pequena o vejo a candidatar-se seja a que cargo for. Depois porque é de um partido um bocado demais à esquerda ideologicamente e demasiado à direita profissionalmente. Será ingenuidade minha mas é possível existir compatibilidade? É possivel ter-se o coração à esquerda e a carteira à direita? Se calhar sou eu a embirrar.
__________________________________________________________
Adenda:
Quero retratar-me e pedir desculpa ao Dr.Garcia porque fiquei hoje a saber que o Dr.Não aceitou ser o advogado do Dr.Paulo. Fui precipitada, é certo, julguei o senhor antecipadamente, isso é feio. Há noticias que se digerem primeiro. Não foi o caso. Os jornalistas também não ajudaram. Deram logo como certo.
As minhas desculpas Dr.Garcia, o senhor é um homem vertical.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Afinal o que é que se passa??

Há pouco mais de 48h atrás estava a trabalhar precisamente onde estou agora, fazia calor, janela aberta, a apreciar a vista. Hoje, o único factor comum é que estou a trabalhar. Janela aberta nem pensar. Mais, tive de ir ao armário buscar uma mantinha (leve é certo) para por nas pernas porque não se aguenta o frio. O que é isto? Não estou para me sujeitar a estas variações térmicas. Dois, três graus ainda se aguenta, 10 graus nem pensar. Uma pessoa já tem de lidar com uma série de contratempos, Internet lenta, falta de inspiração, vontade de comer a cada três/quatro linhas de texto e agora mais esta do frio.
Para a semana estou a queixar-me do calor, já imagino, vai estar um calor insuportável. Estamos na era do 8-80, preto-branco. Não há cá meias medidas!

sábado, 4 de junho de 2011

Sufjan Stevens - O [desconcertante] Concerto

Quase tudo o que aconteceu no dia 31 de Maio no Coliseu dos Recreio eu não estava à espera. O que estava à espera era de Sufjan Stevens e as suas belíssimas músicas. Mas não foi só isso que aconteceu, embora esses sejam os ingredientes necessários e suficientes para um concerto. Só que o que Sufjan Stevens nos trouxe não foi só um concerto. Foi mais. Já esperava que fosse [muito] bom porque adoro a voz dele, as letras das músicas, a sonoridade. Se tivesse que escolher uma só palavra para o descrever escolheria Inesperado. Se pudesse escolher duas escolheria maravilhosamente inesperado ou surpreendentemente inesperado. Foi, realmente, um concerto diferente. Não foi só música. Foi muita luz,um espectaculo de côr, foi teatralizado. Ele colocava "adornos" de acordo com a mensagem que queria passar. As Músicas passavam de susurradas a apoteóticas. Os meus olhos poucas vezes se desviaram do palco. Gostei de todas as músicas. Do Último albúm, The Age of Adz, talvez (não consigo decidir) a minha preferida tenha sido I Walked. Tem uma letra lindíssima e ao vivo é brilhante:

(...)Lover, will you look at me now?
I'm already dead to you
But I'm inclined to explain
To you what I could not before
Whatever you didn't do, what you couldn't say
I am sorry that the worst has arrived
For I deserve more
For at least I deserve the respect of a kiss goodbye(...)

Depois do encore, que verdade seja dita demorou muito apesar de ter percebido porquê, o senhor foi trocar de "personagem". Trocou de roupa e apareceu para aquilo que, convencionalmente, é um concerto normal. Só que nem no encore foi normal. Tocou três musicas do lindíssimo Illinoise, a última, a mais conhecida, terminou o concerto desta forma ESPETACULAR:

E ficava aqui toda a noite a falar do concerto e a por videos. Mas fica a lembrança. A lembrança de mais uma noite de música ( e não só) magnífica. Quem te viu Sfujan, com aquela cara de menino do coro, jamais podia imaginar a metamorfose que se passou em palco. Como é bom ser surpreendida!

Irrita...

Este post vem a propósito do magnífico concerto que fui ver a 31 de Maio. Apenas o faço separadamente porque cenas más não são para escrever conjuntamente com a minha opinião ao concerto. E quais foram as coisas más? A primeira não me permitiu desfrutar do concerto da sua plenitude. Não é só nestas situações que isto acontece. É o maldito exagero do ar condicionado. Passei duas horas e meia a tiritar, os ossinhos doíam-me todos. Dez minutos de ar condicionado têm o mesmo efeito em mim do que um litro de água. E mais não digo!
Agora a audiência. Meus caros, os cantautores, não se limitam a debitar músicas, um "boa noite Lisboa" e um "obrigada" para agradar à plateia. Eles gostam muito de falar. Explicam a música, o que os levou a compor aquela(s) música(s), contam histórias. Conversam. E ainda bem. Foi por terem esta característica que passei a gostar mais dos que vi e ouvi. Por isso, é de muito mau tom, é de mau gosto, mandar calar um músico com um "cala-te e canta". É que quem fez isso (foram muito poucas pessoas felizmente) não só não respeitaram os músicos como também não respeitaram os seus pares que queriam ouvir o que o senhor tinha para nos dizer. Se é só para ouvir música, comprem o(s) albúm(s) e fiquem em casa a ouvir. Também já se vendem uns DVD's com actuações ao vivo muito bons. E assim não chateiam.
Outra coisa, sejam mais comedidos a bater palmas. Às vezes parece que a música acabou mas não, o artista está a esmerar-se para ter um final da interpretação apoteótico que é estragado pelo bater antecipado de palmas.

E agora O Concerto...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Devaneios

Não tenho aspirações de poder, mas gostava de mandar só uma vez (de vez em quando) para poder instituir algumas regras e até Leis. Munida dos devidos poderes regulamentava o acesso à hora da sesta. Proponho uma dissertação sobre o tema. Eu voluntario-me para ser o case study.
Se eu pudesse dormir, vá lá, 30 minutos que fossem, conseguiria ser mais produtiva do que não o podendo fazer. Já me conheço, quando este sono se me desponta não há nada a fazer, os meus índices de produtividade vêm por ai abaixo. se me fosse oferecida a possibilidade de eu poder dormir um pedaço, a seguir trabalhava como se não houvesse amanhã. A empresa é que perde. Falta de visão de Liderança, é o que é!
Tenho de ir, vou descansar um bocado (I Wish) mas volto logo porque tenho mais duas cenas para falar. Um desabafo e o relato de uma cena MAGNÍFICA.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Até tem alguma piada mas...

Salvo honrosas excepções, a banda sonora do meu trabalho tem sido música. A música não só não me desconcentra como me dá um "empurrão" e dos fortes. Hoje, liguei a televisão, pus na RTP1 e aí ficou. Sentei-me frente ao computador, a TV com som mas eu dei-lhe um snob desprezo, que é como quem diz, nem ouvia o que se passava. Até tive pena porque fiquei sem saber qual foi a pergunta-que-só-por-milagre é que se sabe e só se acerta por sorte no quem quer ser milionário. Só tenho paciência mesmo de ouvir as últimas perguntas e ver se o concorrente ganha alguns trocos que mereçam a pena para me ficar a roer de inveja. Pois até isso me passou. Mas, estranhamente, e vá-se lá perceber estes mistérios da mente, apercebi-me dos anúncios do intervalo e no fim do programa e ainda bem. São giros, no intervalo ouvi: "Para votar na sardinha assada ligue 760302718. Vote já e descubra a que sabe Portugal". No final do concurso foi: "Para votar no Pudim Abade de Priscos ligue 760302721. Vote já e descubra a que sabe a Portugal" Ontem tinha ouvido, assim de relance, "... vote no arroz de marisco, ligue..". Confesso que ouvir estes anúncios assim do nada até tem alguma piada mas de repente, lembrei-me que a TV estava com som, pus no mute, e fui ouvir um CD que ganhei de prenda ontem do meu brother, é bonito e muito mais apropriado para estudar. É o Ramy Shand. O albúm é todo muito bom, recomendo para uma noite de verão, só ouvir a música, uma ligeira brisa. Na falta, para estudar/trabalhar também é boa companhia. As minhas músicas preferidas variam entre "Rocksteady" e "Take a message". E ele é giro, tem muita pinta! Pena que faça pouca música.

E eu vou votar no Pastel de Belém. Só estou à espera do anúncio para saber o número de telefone. E descubro a que sabe Portugal.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Feel good Song...

Ou música para se ouvir quando se conduz e ajuda a chegar a casa bem disposta! Andava atrás dela há algum tempo. Hoje recebi um mail cujo assunto era DESCOBRI! tinha o link para esta música, e dizia não precisa agradecer! R. Opá R, como agradeço, sabes que eu gosto disto, já me imaginaste nos meus intervalos a descontrair com este som? É orelhuda!

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Efeméride

Faz hoje um ano que conheci um bombeiro muito simpático e querido (entre outros adjectivos). E conheci-o por causa da visita a Portugal de sua Santidade Bento XVI. Estranha a relação Bombeiro-Papa? Nem por isso. Se o Papa não tivesse vindo a Portugal, não tivesse celebrado uma missa e se a minha vizinha do lado não tivesse ficado em casa a assistir, com um cenário à altura, que é como quem diz, com velas, eu nunca teria conhecido o bombeiro. Ao que parece, a minha vizinha quando acabou a missa foi-se deitar mais o seu netinho e não apagou as velas. Resultado, acordaram dentro de uma ambulância e sem casa. Por pouco não aconteceu o mesmo à minha, a prova disso é que fui expulsa de casa. E por quem? pelo Bombeiro. O mesmo que depois me levou também para a ambulância, me trouxe a casa e ainda brincou comigo. Relativizou a situação. E ainda bem, como lhe agradeço. Mas foi um valente susto que ainda não esqueci. E ao bombeirinho também não!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Gosto tanto de pessoas perspicazes

Hoje aproveitei a hora de almoço para fazer daquelas rotinas às quais nós mulheres dificilmente escapamos. Fui pela segunda vez seguida ao mesmo sítio. Ultimamente tenho andado saltitante e esquisita mas, ao que parece, lá acertei.
Não é propriamente a rotina mais prazerosa a que me submeto mas é inevitável. Lá fui, lá me submeti aos rituais iniciais, quando a senhora que estava a tratar da minha beleza me disse: "A sua cara não me é estranha". Eu disse-lhe, vim cá há pouco tempo, talvez seja por isso que se lembra, e ao mesmo tempo perguntei, ou é por causa das caretas que faço (faço tantas!!!!) que se lembra da minha cara? e ela respondeu, estão preparados? Não, eu fixei a sua cara porque você tem um ar muito meigo (sic)!
Pois é, não estou a inventar! Foi verdadinha, e foi sincero... foi sim senhora!
Depois disso fiquei tão tranquila, ou foi do sono ou lá o que foi, que até dormi!
Adoro aquela senhora!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Amor à primeira escuta

A primeira música ouvi quando estava a trabalhar em casa. Foi impossivel não lhe prestar atenção. Fui ver a letra e não é exactamente do tipo "feel good song" , mas gostei logo assim que a ouvi. É Catchy!
"Sadness Is A Blessing" by Lykke Li

(..)Sadness is a blessing
Sadness is a pearl
Sadness is my boyfriend
Oh, sadness I'm your girl (...)
(a música só começa ao minuto 1'55'')
O segundo amor à primeira escuta, ia eu a conduzir e, desde então, cada vez que a ouço is a blessing too.
"Representing Memphis" by Booker T. Jones, featuring Matt Berninger of The National and Sharon Jones.

sábado, 7 de maio de 2011

Tive tanto medo...

Quando se conjugam estes factores, Sexta-feira, muito trabalho, necessidade de concentração absoluta, gosto de ir trabalhar mais cedo. Gosto de começar a trabalhar antes dos meus colegas. Quando eles chegam já estou concentrada e consigo abstrair-me completamente dos disparates que vão dizendo à medida que vão chegando e porque às vezes tenho uma necessidade enorme de trabalhar sozinha. Eu, trabalho e música. Só posso pôr musica ambiente quando estou sozinha. Caso contrário entra a censura e os Velhos do Restelo em acção. E foi assim que ontem lá fui trabalhar mais cedo. Não muito mais cedo porque só estive sozinha meia-hora, o suficiente para me entregar de alma e coração ao trabalho e abstrair-me dos rituais descritos como típicos de função pública (não querendo ferir susceptibilidades, não sou eu que o digo). Voltando ao tema, estava em plenas funções quando entra pela minha sala a dentro uma colega com os decibéis muito mais altos do que eu consigo aguentar àquela hora da manhã (ou a qualquer outra hora), escandalizada porque ouviu nas notícias que "O Sócrates vai à frente do Pedro Passos Coelho nas sondagens, já viste o escândalo? os Portugueses são mesmo estúpidos". Fiquei tão surpreendida (assustada), não pela noticia mas pela forma como ela me foi veiculada. Apre. Depois da perplexidade, respondi-lhe com uma expressão que qualquer ser minimamente perspicaz teria percebido que eu não queria dar continuidade à conversa. Venha o diabo e escolha, respondi. Não sabes o que dizes, tu não estás bem, foi a réplica. Hesitei em continuar a conversa. Precisava (e queria) mesmo de trabalhar. Mas como não sou um ser amorfo, irritou-me estarem aos gritos a chamarem-me maluca logo de manhã, ainda por cima quando eu precisava desesperadamente de sossego. Foi um autêntico tiro no pé, quanto mais eu falava mais a senhora gritava. Houve uma altura em que se debruçou sobre o monitor do meu computador, ficou tão perto de mim, chispava de tal forma que eu fiquei com muito, muito medo. E tudo isto porque a senhora não sabe ouvir e só porque eu disse que estávamos sem alternativa política, achou naquela cabecinha que eu defendia acerrimamente o ministro demissionário. Eu não disse nada que identificasse a minha ideologia política, eu não disse qual era a minha intenção de voto, não defendi nenhum politico em particular, apenas acusei todos em geral. Eu queria era despachar o assunto. Eu já nem falava e a senhora continuava a gritar. O meu medo foi substituído por pena. Pena do Marido, dos filhos, dos vizinhos. Ganhei uma inimiga que só continuou a ser simpática comigo porque lhe sou a gaja que lhe pago a tempo e a horas. Se o Actual ministro em gestão ganha as eleições temo pela minha vida. Ou não vou trabalhar dia 06 de Junho, ou levo uns tampões para os ouvidos. foi insuportável. Esta gente que tem a mania que devemos ser marionetas das suas verdades irritam-me sobremaneira. Discutir politica ou qualquer outro assunto com aquela senhora, jamais em tempo algum. Hei-de arranjar uma saída airosa. E logo no dia em que me apetecia trabalhar! Ele há gente...

sábado, 30 de abril de 2011

Futilidades & Protocolos (ou vice-versa)

Nesta semana em que fiquei em casa para trabalhar (ou fiquei a trabalhar em casa?) não acendi a televisão. Uma espécie de penitência a que me submeti. Contudo, resolvi abrir uma excepção. Fazia o intervalo para almoço às 13h para ouvir as notícias (mais outra penitência). Apesar de tudo não gosto de me afastar do que se vai passando, da realidade. Lá espreitava o Jornal da Tarde, na RTP1. Tentava adivinhar o alinhamento, e não é que, mais coisa menos coisa, lá conseguia? Ontem, lá repeti a rotina. Bati um recorde! Ao minuto 21' carreguei no botão vermelho do comando. E mesmo assim foram 21' porque a incredulidade me petrificou e nem a mãozinha conseguia mexer. O alinhamento foi: casamento Real, Liga Europa, Casamento Real e depois não sei. Para começar custa-me a aceitar que se desloquem jornalistas da chamada "primeira linha" para cobrir em directo o casamento. Deve ser caro, não? Depois a qualidade do jornalismo(?). Foi confrangedor ouvir o João Adelino Faria. Para além de todo o exagero, as patacoadas que o senhor disse! No Jornal da tarde, o jornalista enviado especial para cobrir o evento, disse: "(...)impressionante, é uma moldura humana (...) e mostra como toda esta gente está aqui para apoiar a monarquia, não para ver o casamento ou o vestido da noiva, isso podiam ver em casa (...)". João, acreditas mesmo nisso? E seguiu (não sei se estão preparados): "Este casamento é o inicio de uma nova era para a monarquia, a monarquia das redes sociais, a monarquia do príncipe e da princesa que podem ser rei e rainha do Reino Unido no inicio deste século e são os reis do próximo século." João, está bem que a esperança média de vida está a aumentar mas reis neste e no próximo século? não percebi muito bem o que querias dizer. Tudo isto aconteceu,sensivelmente, entre os minutos 15'18'' e 15'50''. É pouco tempo, e vale bem a pena ouvir. Mas continuou. Só que não fiquei a ver. Perdi o melhor, o beijo protocolar. Fartei-me de ouvir disparates e já estava com saudades de ouvir música e off. Quanto ao beijo na varanda, esse do protocolo, não me safei de o ver, não pude nem sequer muda de canal, quanto mais desligar. Estava a jantar em casa dos meus pais e, para o patriaca da familia, assistir "às noticias" também faz parte do protocolo desde que me conheço por gente. E lá jantámos tendo o Telejornal como banda sonora. A noticia dos príncipes quebrarem o protocolo e em vez de um beijo à varanda darem dois (escândalo) foi relatada pelo José Rodrigues dos Santos, com aquele ar muito expressivo, (13'30'') e entra a reportagem, é obrigatorio ouvir, com especial atenção ao tom de voz (13'50''): "(...)a plebe comportou-se como plebe e os príncipes como príncipes. E foi assim que começaram as pérolas jornalisticas. "(...)Kate e William acenaram, depois chegaram as criancinhas e o resto da familia(...)". O primeiro beijo aconteceu ao minuto 14'18'': " O contacto foi breve é certo, menos de um segundo,chocho diriam alguns(...)". O segundo beijo aconteceu logo depois(14'43''): "(..)foi mais longo e visivelmente mais intenso, dirão as más linguas(...)". Os momentos dos beijos são repetidos em slow motion, acaba a reportagem e entra o enviado especial, o João. E o pior aconteceu (17'12"), o senhor jornalista confundiu a palavra preparativos com preservativos: "(...)e para que tudo acontecesse foram necessários muitos e muitos preservativ..ãh preparativos(...)".
Foi então que fingi que estava com muita pressa, quebrei o protocolo e me levantei da mesa. Mas teve mesmo de ser, já não se aguentava. O telejornal até incluiu um peça onde estilistas portugueses comentavam o vestido da noiva.
Ontem a palavra crise foi substituida por conto de fadas!
Ontem o Jornalísmo foi substituido por um [quase] reality show!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Don't give up...

...and I won´t! Era sem dúvida a solução mais fácil e ainda para mais era legítima! Dizem... O meu orientador apresentou-me duas soluções, adiar ou ir trabalhando o que conseguir, um bocadinho todos os dias. Pois eu não quero que me legitimem nenhuma solução fácil. Não quero desistir. Já me conheço, iria ficar sinceramente frustrada. Felizmente tenho sido privilegiada no apoio. Orientador, colegas, amigos, irmão. Ainda acreditam em mim (?!). E cá estou eu a não desistir. A gozar umas mini-férias onde o tempo é repartido entre descanso, escrita, escrita e família. Sentada na minha mesa no conforto do lar, trabalho tendo como pano de fundo o azul, o azul das (algumas) minhas paredes, o azul do rio e o azul do céu. E é bom, sabe-me bem. não me custa. Estranhamente faz-me sentir uma sensação de liberdade. Não sei se terei de enfrentar um ou outro percalço, mas por agora vou continuar. E vou acabar. A tempo!
Reproduzo aqui parte de uma letra da música do Peter Gabriel, Don´t give up:
"don't give up 'cos you have friends don't give up you're not beaten yet don't give up I know you can make it good (...)
rest your head you worry too much it's going to be alright when times get rough you can fall back on us don't give up please don't give up"
O vídeo é uma versão do original interpretada por Peter Gabriel e Kate Bush, com interpretações excelentes do Bono e Alicia Keys (com ligeiras alterações/adaptações da letra):

terça-feira, 26 de abril de 2011

Patrick Watson já cá canta (cantou)

E como cantou! foi assombroso. Muito bonito. A voz dele. A voz dele e o piano. A voz dele e a banda. A voz sussurrada, emocionada, improvisada, apoteótica. Nada a apontar à banda. Músicos muito bons. Estiveram em palco músicos Portugueses, três, violinos e contrabaixo. Existia uma perfeita harmonia e cumplicidade entre o músico e a sua banda. Patrick é um excelente músico, com um aprumado sentido de humor. É tão divertido e dono de uma invejável gargalhada. Interactivo com o público. E quando assim é, impossível ficar indiferente. Foi [mais um] maravilhoso salto no escuro. Estar sentada confortavelmente na Aula Magna, acompanhada de um exímio apreciador e conhecedor de música, a ouvir Patrick Watson, num silêncio [quase, quase...] perfeito entre ele e o público, fizeram da minha noite de Segunda-Feira, 25 de Abril de 2011, uma excelente noite. Passou muito rápido. Não houve uma música que me deixasse indiferente. Este vídeo é, possivelmente, o que melhor ilustra o que se passou, grande momento:
Patrick Watson disse, no inicio do concerto, que iria tocar algumas das músicas novas. Rematou com a seguinte frase, que me fez esboçar o primeiro sorriso e da qual gostei muito por poder ser transposta para o nosso dia-a-dia: " If you don't like, just be nice". Gostámos Patrick. E fomos simpáticos, tu mereceste!
E foi assim!

domingo, 24 de abril de 2011

Proponho...

Que em vez de se fazerem manifestações a reivindicar seja o que for, em alternativa se façam flashmobs como este, ou parecido, também serve. As manifestações contra a precariedade, etc, não dão em nada. Resultado, frustram! O sentimento de frustração não é bom. Não faz bem à auto-estima. Já este tipo de flash mob, divertidíssimo, imagino que crie uma boa disposição em quem nele participa ou apenas vê. Boa disposição é o que se precisa para nos tornarmos optimistas. É que é só com optimismo que nos tornarmos pro activos e resilientes. Não é com frustração. Pessoal do facebook, organizem uma cena destas, criem um movimento "Flashmob 01 Maio" que eu alinho! A sigla pode ser FM01M.
Já consigo imaginar a Avenida da Liberdade ou Alameda cheia de gente feliz a dançar em vez de envergarem cartazes de protesto.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Hoje ouvi uma boa noticia no telejornal. É mesmo Verdade!

Pelo menos para mim e, penso que para o meu irmão também. Mas foi preciso ver o telejornal todo (modéstia à parte é preciso coragem) para saber desta boa noticia. Estava a ver uma deliciosa peça jornalística sobre gémeos (tema que vá-se lá saber porquê me chama sempre a atenção) quando ouvi :"cientistas do comportamento afirmam que quem tem um irmão gémeo não sente solidão existencial, está sempre acompanhado de alguém que o ajuda a encontrar soluções para os problemas" (ver a partir dos 11:40 minutos). Disse o Senhor, o cientista, que os gémeos têm uma radar muito sensível às emoções um do outro.
Pois é mano, podemos ter vários problemas mas da solidão estamos safos. Vês como afinal serves para mais coisas para além de me comprares (e pagares!!!) livros e CD's?? Desculpa, deve ser do radar sensível...

domingo, 20 de março de 2011

Mad world

Ouço o telejornal. Guerra,Líbia, Kadhafi. Japão, desastre nuclear. Panorama internacional Aterrador. Hora das noticias nacionais. PEC 4. Ameaça de crise política. Eleições antecipadas. Ameaça de um novo governo Passos Coelho-Paulo Portas. Medo, muito medo. Vou apagar a televisão. Vou fugir da realidade. Por umas horas, uns instantes. Vou ouvir música. Mad World - Gary Jules
O original desta música pertence aos Tears for Fears, é de 1983! (com letra):