terça-feira, 27 de julho de 2010

Mais uma noite bem passada

Um concerto de Caetano Veloso é sempre uma receita de sucesso para um momento (muito) bem passado. Contador de histórias melodioso, harmonioso, maravilhoso.
Fui ver o concerto de Caetano sem expectativas quanto às músicas que iria tocar. Não só neste concerto mas em todos os outros que vejo, aprendi que não devemos ir à espera desta ou daquela música. Ficamos com as expectativas defraudadas caso não as ouçamos. Se por outro lado não estivermos à espera de nenhuma música em particular e, caso faça parte do alinhamento, então sim, sabe lindamente. E quantos mais anos de carreira um músico (uma banda) tem, mais esta teoria se aplica. Longa carreira implica muitos êxitos, muitas músicas que esperamos ouvir. Caetano é um grande exemplo disso. Se quisermos ouvir todos os seus clássicos teria de ser um concerto de uma semana e não de uma noite. Caetano escusava de fazer álbuns novos para tocar músicas ao vivo. Poderia continuar a dar concertos sem se preocupar em fazer músicas novas, novos arranjos e até inventar novos estilos musicais, o que foi o caso deste último álbum que em entrevista apelida o género musical do álbum Zii e Zie de «transambas e transrock». Mas não, com 68 anos este Senhor ainda faz concertos para promover material novo e diferente, o que representa a capacidade de reinvenção que tem. Fantástico. Lá fui então desprovida de expectativas quanto ao clássico que gostava que ele tocasse e garanto que não pensei em nenhum em particular. Adorei o concerto, gostei das músicas novas, gostei do transamba, gostei dos clássicos e saí a ganhar porque tocou uma das minhas músicas preferidas dele :

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