domingo, 29 de janeiro de 2012

Falta de rigor

Vejo noticias com uma certa assiduidade. Quando não me interessa o que está a ser noticiado vou lendo as notas de rodapé. Uma vez ou outra já me tenho rido com algumas gralhas no português. Por vezes, questiono-me se antes daqueles factos irem para o ar, não há edição (acho que é este o termo técnico) das mesmas, se ninguém revê o que vai aparecer escrito. Provavelmente pensam que ninguém lê, que está tudo a ver com muita atenção as magnificas, interessantes e inovadoras peças jornalísticas que estão a ser debitadas. Pois é, mas eu leio as notas de rodapé, e eis quando aparece uma palavra, que por acaso é um apelido de um actor político, mal escrita. Eu sei, erros todos cometemos, mas são poucos os que escrevem para milhares de pessoas ao mesmo tempo e, quando isso acontece, devia existir rigor. Eu que tenho o mesmo apelido que a pessoa em causa, tenho sempre muito, muito cuidado. Nestes aninhos todos nunca me enganei.
Mas a SIC (televisão que meteu a pata na poça em grande) não foi pioneira. O cartão da de eleitor da minha mãe, feito na junta de freguesia, foi escrito com o mesmo erro. A minha mãe não deu conta, plastificou e até hoje, perdura o seu nome mal escrito. Ir votar é sempre imaginar a cara dos senhores da mesa de voto ao ler o nome da minha mãe. Acho que foi assim que, em pequena, aprendi uma asneira...
Haja rigor meus senhores! Há crianças à mesa com os pais a ver o telejornal. E depois como os pais descalçam essa bota?
Anda tudo maluco, é o que é!

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